quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Lobão, por tudo que for...

A música abre e fecha as nossas feridas com o mesmo poder. Não sei se eu não era uma criança comum, ou se nos anos 80 todo mundo estava de ouvidos e corações abertos para o rock nacional, mas eu me apaixonei à primeira vista: João Luiz Woerdenbag Filho. Era o "Lobo Mau" das minhas melhores estórias. Meu Joãozão. Meu Lobão. Ex- parceiro do popular Lulu Santos e do meu breguinha favorito, Ritchie. Começou a divertida banda Blitz, com Evandro Mesquita e Fernanda Abreu, mas caiu fora, provavelmente por ter um senso de humor bem diferente da coisa óbvia escrachada dos demais integrantes. Seu humor era e ainda é ácido, irônico e sagaz como uma fração de segundo... Queria ser alternativo, como eu, mas foi impossível não ter uma multidão rendida à sua sensibilidade poética. E assim surgiu o nosso casamento. Coisa meio platônica (é bem verdade), já que não fomos apresentados, ainda que ele sempre cantasse “Me Chama” pra mim. Só pra mim! Por causa do Lobão a minha vida sempre foi mais doce, uma verdadeira odisseia num universo paralelo, povoado de melodias e letras que traziam à tona meus mais íntimos sentimentos. O problema desse bicho selvagem é que ele dá uns sumiços sem explicação! Como pode desaparecer assim a pessoa que te fez se apaixonar pela primeira vez? E não é que eu tenha me apaixonado por ele. É que ele me ensinou que ter paixão é a melhor coisa dessa vida! Como eu poderia ter descoberto as belezas de um pôr-do-sol ou de um céu estrelado se não tivesse sido guiada por sua voz forte e suas letras pulsantes? Em 2006, já quase sem esperanças de reencontrá-lo, mudei-me “de mala e cuia” para Brasília, quando descobri um Lobão de cabelos cortados e barba feita. E, Caracas! Além de tudo ele também podia ser bonito, por trás de todo aquele disfarce de bad boy! Ele estava leve e sorridente, apresentando um programa de TV chamado “Saca Rolha”, junto com Marcelo Taz e Mariana Weichert... Uau! O cara entrevistava os convidados mais inusitados e me maravilhava com sua inteligência, suas ideias, sua visão do mundo... Se tinha qualquer dúvida, tive ali absoluta certeza de que era um gênio em ação. Foram noites maravilhosas até um dia o programa saiu do ar e ele, por conseqüência, da minha vida. Agora me respondam: Um amor verdadeiro pode sair da nossa vida? Ele pode até se transformar ao longo dos anos, mas fica conosco, ainda que apenas dentro das nossas mais valiosas lembranças. Sempre fico me perguntando se ele tem ideia do quanto é amado. Do quanto contribuiu para me formar, do jeito que sou, com uma infinita capacidade de sonhar... Queria poder olhar nos seus olhos e dizer: - Você é uma parte de mim! Obrigada por existir, obrigada por se expor, por dar sua cara à tapa, por ter sido preso em nome da liberdade, que hoje é minha também. Você compôs para nosso amigo Cazuza sobre essa vida louca... Eu te amo tanto! Saiba que cada acorde do seu violão sempre será apreciado com toda atenção. Espero poder te devolver todos os sorrisos que você sempre me proporcionou. Saiba que sempre que você some, deixa um vazio incomparável e insubstituível... Putz! Teria tanta coisa pra dizer... Não dá pra passar o resto da vida aqui escrevendo! Desculpa, é que esses dias pensei muito em você! Um nó na garganta e um choro contido... Encontrei na própria dor a minha cura, ouvindo um zilhão de vezes a minha preferida, entre todo seu repertório: E depois, a luz se apagou e eu não consigo mais ficar sozinho aqui. Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer, não há mais nada... Por favor, não me interpreta mal. Eu não queria nem devia te magoar.O vento vem, o tempo vai e passa por mim meio assim, meio assim devagar... Vou dormir sentindo o que a solidão pode fazer. Há um ser ferido, por saber que o erro era meu (só meu). Já passou. Agora já passou. Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar. Ver você, ter você e querer mais de nós dois não tem nada demais! E pensar...Você aparecer pela janela tão bonita de manhã...Vem pra mim e não vai mais!!! Me abraça, me abraça, me abraça por tudo o que for... Cada acorde formava uma parede de lágrimas, que enfim se esvaía, até que, lá pela quarta ou quinta execução, meu peito já começava a suspirar aliviado, ainda que o choro tenha acompanhado todas as outras execuções. Mas, meu coração precisava ser lavado...Pensar em tudo isso me deixou pronta para levá-lo (menos apertado) para ver como o céu pode ser bonito, apesar de tudo. Então é isso, Lobão... Só queria te contar o quanto você foi e sempre será importante na minha vida!

sábado, 10 de novembro de 2012

Conselhos de uma Avogada.

Petições, prazos, alvarás, clientes angustiados... Depositar nossas vidas numa questão específica que está sendo apreciada pelo judiciário não me parece uma atitude muito inteligente...
Ok, eu sei que é difícil dissociar razão e coração, mas eu mesma já dei muitos bois para não comprar litígiosque, na minha modesta opinião, eram e ainda são causas ganhas. Porque a gente põe nosso futuro nas mãos de um sistema alheio ao nosso controle? Isso que chamam de processo tem esse nome por um motivo muito simples: Segundo o "pai dos burros", processo é método; sistema / Conjunto de atos por que se realiza uma operação qualquer/ Seqüência contínua de fatos que apresentam certa unidade, ou que se reproduzem com certa regularidade. O processo não é composto de um ou dois atos, mas de diversos. Eles têm a interferência das partes diretamente envolvidas, mas também dos servidores da justiça, dos advogados e de um monte de terceiros que pode ser envolvido pelos mais incontáveis motivos. Dá para esperar que ele se resolva aqui e agora? Ou seja, não é só interesse de quem o provocou que está em jogo, mas desse montão de gente que listei. Clientes me perguntam se devem viajar durante o processo, por exemplo. Sim! Viva! Viva e continue vivendo! Confie no profissional que você contratou, não dê um passo sem que ele saiba, mas, Pelo amor de Deus!, não pare de dar seus passos! Fico admirada com aquelas pessoas que saem processando tudo e todos. Devem ser abnegadas que vêem melhor do que eu que processo é assim: o que vier é lucro! Infelizmente meu modus operandi é mais emocional, então cada ação em movimento é uma parte de mim que estou entregando, mas, amigos, é para isso que existem os advogados! Aliás, é para isso que existem os bons advogados: Deixem que eles fazem o serviço pesado e deixem que eles sofram por vocês. Curtam suas vidas sem pressa e assim os aparentemente desgastantes processos podem se transformar em agradáveis surpresas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quero ser má, sempre que preciso!

Tenho me questionado sobre o que tenho ganho ao tentar viver uma vida coerente com os meus valores e meus ideais... Sofri muito de uns dias pra cá, especialmente para impor limites a quem sempre se acostumou com meu sorriso e minha gentileza. Nem todos merecem nossa bondade e isso foi uma valiosa lição que aprendi no mês passado, fruto das minhas reflexões junto à natureza. E mesmo aos que merecem, não posso oferecê-la 24 horas por dia. Estou aprendendo a dizer nãos necessários e sofrendo fortes represálias por isso. Não quero ser legal hoje! Não quero fazer piadinha. Não quero ter senso de humor. Hoje quero o sagrado direito de ser chata "pra caraca". E se quiser me incomodar muito... Ah! Serei grosseira com muuuuuito prazer! Hoje quero ser simplesmente uma menina má!

domingo, 21 de outubro de 2012

Champagne e Gentileza

Acordo melancólica numa manhã de domingo e, ao consultar o oráculo (facebook), tenho a grata surpresa de descobrir algo do Cazuza que ainda não conhecia: "Deus me deu um coração que ama, alguma tristeza, destreza e champagne ... Quanta gentileza!" (Cazuza) Eis a reflexão que eu precisava fazer, prontinha, na genialidade do nosso poeta! O coração está gritando por tudo que ele não quer e não aceita mais! Cheio de autoconsciência, transbordando de amor próprio, modalidade praticamente inédita... Tristeza tem sido uma forma de me despedir do passado e, antes: de seguir em frente, viver aquele momento exato de olhar para a piscina do alto do mais alto trampolim. Por que nos culpamos tanto cada vez que insistimos em procurar algo no lugar errado? A vida é isso mesmo! A gente bate em mil portas erradas até ter coragem de atravessar a certa! Nos últimos dias experimentei uma liberdade e uma paz indescritíveis. Tenho duas opções: Voltar a viver acelerada e tragada pela rotina exaustiva, repetindo sempre os mesmos padrões de comportamento ou... Ou deixar essa paz comandar meus desejos, determinar minhas reais necessidades e assim experimentar o prazer da coerência. Preciso de uma bicicleta simples, com cestinha e cadeirinha de criança. Queria tanto poder escrever para Papai Noel e pedir um adiantamento... Mas já me disseram que tem criança demais no mundo, então Papai Noel baixou uma portaria determinando que todos os adultos devem se virar e comprar seus próprios presentes! (Fazer o quê, né? Vou competir com a gurizada?) Agora é contar com a boa vontade de outro cara ainda mais poderoso: Deus! Não preciso de grandes fortunas, mas dá pra liberar todos os honorários trancados no TJSE? A energia que tanto pedi, Ele já me devolveu! Se
um banho de cachoeira é revitalizante, tentem imaginar o que é sentir as majestosas Cataratas do Iguaçu sobre sua cabeça... Então é isso: Deus é um cara gentil: Abre as portas para eu passar, puxa cadeiras para eu sentar quando estou cansada, oferece champagne para me mimar e especialmente enxuga minhas lágrimas mostrando que, na verdade, está tudo perfeito! Obrigada, Cazuza! Que conversa maneira que tivemos esta manhã!

domingo, 14 de outubro de 2012

Branco Total

Uma cabeça sempre cheia de ideias e opiniões criativas parecia algo de um passado tão remoto, que poderia ter saudades de mim mesma, caso soubesse quem era há uma semana...
Sou uma pessoa do sexo feminino, pouco mais de 30 anos, pouco mais de dois filhos, morando no olho de um furacão há... Isso não consigo precisar, pois até onde sei, a gente não se dá muita conta quando começa a residir num lugar assim. Foz do Iguaçu, fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai. Não posso dizer que sonhei em conhecer esse lugar, mas levando em consideração que desejo conhecer cada canto do meu país e grande parte do mundo, acabei chegando num lugar bem estratégico. Trazida pela minha inesquecível experiência de hospedagem num hostel em Salvador, decidi que, para quem viaja sozinha, nada de ficar presa entre as quatro paredes de um confortável quarto de luxo num hotel. Bom mesmo é compartilhar experiências com pessoas tão especiais quanto você. De cara descobri uma vantagem em relação a Salvador. My God! Como o povo do sul do país é bonito! Recebi as boas vindas em inglês, pois o recepcionista estava almoçando, então fui atendida por um hóspede americano lindo, rasta fari loiro do olho azul, bem fedido, como todo bom hippie, com todo respeito. A essa altura, o funcionário terminou de almoçar e me vendo toda loirinha no maior papo com o Bob Marley Saxão, tinha certeza que eu era americana. Primeira lição do dia: Chego no horário do almoço e o faz tudo do hostel, Xandão(já meu amigo), após 10 minutos de bate-papo, começa a me explicar a importância da boa alimentação para mantermos nossas energias sempre bem carregadas. Não entendi muito bem o motivo daquela direta. Seria minha cara de exausta ou aquelas pessoas despeitadas que dizem que estou precisando de uma dieta não estão tão erradas assim? Segui o conselho e comi um sanduiche de...RABANETE! Aquela comida dos esquilos de desenho animado e que deve ter sido criada para esse mundo de fantasia mesmo, pois não tem gosto algum! Para mostrar que sou “cabeça”, pedi uma coca light, no lugar da coca doce e normal que tanto amo. Mas me arrependi quase imediatamente, pensando: “Droga! Deveria ter pedido um suco!” Mas, lembrando que minha aparência cansada (e apenas isso) demonstrava minha alimentação não tão equilibrada, fui deitar e descansar um pouco, lá pelas duas e meia ou três da tarde. Quarto simples, mas com a melhor invenção de todos os tempos, o ar condicionado. Nada de banho, nada de escovar dentes, nada de nada, pois seria apenas uma sonequinha pós-almoço. Das duas umas, ou o rabanete me fez muito bem ou muito mal, mas o fato é que acordei às 7 da manhã do dia seguinte, surepreendentemente renovada!

domingo, 12 de agosto de 2012

Planos para o Futuro

Amanhã o sol estará brilhante, ainda antes das sete da manhã. Eu estarei caminhando no calçadão da 13 de julho, enquanto carros apressados anunciam o início de uma nova semana. Amanhã vou renovar minhas energias e forças para que cada passo seja sempre na direção de todos os planos e sonhos que hei de realizar. Será dia de organizar documentos e resolver qualquer pendência de trabalho que tenha sido atropelada pela ansiedade dos dois últimos meses. Acordarei mais disposta que nunca e nossa! Como tenho coisas a realizar, livros para ler, pessoas para encontrar, amores para viver, dinheiro para ganhar, calorias para gastar! Amanhã é segunda-feira e, na contramão de quase todos que conheço, adoro a oportunidade de me reinventar, criando meus mini-ciclos de 07 dias. Amanhã o Cinemark é mais barato. Amanhã reencontro meus colegas de trabalho. Amanhã sempre, sempre será melhor do que hoje. Amanhã eu serei melhor que hoje!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Minha Família Dança

Deus me abençoou com diversas famílias, entre elas a Família Dança, que sempre me proporciona emoções quase indescritíveis! Digo quase, pois não consigo imaginar acordar hoje de manhã sem documentar a experiência da última noite. Em julho MINHA turma do Talibah teve a participação especial de uma grande amiga que mora nos Estados Unidos e é tão apaixonada por dança quanto cada uma de nós. Ela estava inconsolável, pois ia embora sem ver uma apresentação sequer do nosso dreamteam (Sinceramente, hoje me sinto um peixe fora d`agua do Bellydance SuperStars de Sergipe!) Bom, comentei com as meninas que quinta-feira, 02 de agosto, seria a última aula dela e sugeri que elas levassem suas roupas de show para se apresentar. As meninas toparam. Obaaaaaaaa! Agora era dar a notícia e esperar pelo grande dia! Quase não consigo chegar a tempo! Para minha surpresa, encontro nossa tímida professora toda montada. É sempre um privilégio ver Catarina dançar. Ela não para no tempo. Estuda e evolui sempre! Está mais solta, mais sorridente, mais bonita e mais feliz! A música enoooorme e ela com um fôlego invejável! Um espetáculo! Enchi o saco da pobre da Luciana para ela dançar Bollywood e caracas: Como eu estava certa! A danadinha tem a carinha sapeca mais meiga do mundo! Parece que nasceu para músicas assim suaves e angelicais! Toda graciosa, com seus braços longos e suas mãos fazendo mil gestos que conversavam comigo num dialeto que desconheço, mas que pareciam dizer: "Olha como eu sou fofa"! Janaína sentadinha assistindo, mas eu podia ver pelos seus olhos atentos que na verdade ela também estava ali no meio se apresentando... Na próxima ela não escapa! Por fim nossos olhos se voltaram para Aline, que faz todas as aulas de óculos, lê todas as revistas, livros e blogs de dança, assiste todos os vídeos e nos manda e-mails propondo debates. Ou seja, nossa CDF preferida! Toda tímida, ia fazer um improviso. Numa ousadia que não combina com sua aparência frágil, começa a tocar uma percussão e nossa morena começa a se soltar. O que veio nos minutos seguintes precisa de descrições paralelas: Catarina, uma professora babona, de boca aberta e cheia de orgulho. Nós, colegas, sorrisos, gargalhadas de nervoso e lágrimas, muitas lágrimas por ver uma estrela desabrochar bem ali na nossa frente! A música cheia de variações. Aline não perdia um toque! Seu quadril interpretava cada micro acorde. Poucas vezes vi uma bailarina profissional dançar um solo de derbake com tamanha paixão! Que orgulho! Orgulho da escola onde estudo! Orgulho da minha professora! Orgulho de cada uma das minhas colegas! Tem coisa melhor do que você ser cercada de pessoas que te inspiram? Cada uma tem seu estilo, com características próprias e marcantes... Quero sempre aprender com cada uma delas! Parabéns família! Que esses momentos se multipliquem infinitas vezes!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Hoje é Terça-Feira

Terça-feira é um dia carregado de emoções para mim. A semana já deu certo, pois sobrevivi à segunda... Mas aí vem um tempo super fechado, uma baita chuva e me lembro de uma terça-feira no ano passado, quando minha cidade alagou completamente e eu mudei, por consequência, meu jeito de enxergar o mundo. Terça-feira era o dia que eu e uma grande amiga, tão workaholic quanto eu, saíamos para curtir música ao vivo no saudoso Melodia... E cá estávamos nós, anos depois, conversando sobre as grandes questões da humanidade, perpassando pelos casamentos, filhos, carreiras e lindos olhos brilhantes dos garçons... Eu estava entre o relatório de um romance mal sucedido e uma cantada bem executada, percebendo que, enfim, éramos vitoriosas devendo comemorar nossa felicidade. De um lado uma pessoa que se divorciou ainda apaixonada, simplesmente por não se contentar com migalhas. De outro, uma que mata um leão por dia porque seu companheiro faz por merecer todos os dias a sua companhia. Ah! Fala sério! Tem coisa melhor na vida do que ser livre? Uma livre no divórcio, outra livre dentro do próprio casamento...Nós duas livres e unidas por muito amor e muita afinidade! E viva às terças-feiras! PS: Para não perder o hábito, fechamos o Tio Maneco, como sempre fechamos todos os bares que frequentamos. Amém!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Amizades Verdadeiras e Amores...

Ontem saí para reencontrar uma grande amiga. Uma daquelas almas afins, com quem compartilhamos uma visão do mundo bem peculiar... É tão mais fácil conversar com alguém que parece sentir na pele cada palpitar do nosso coração! Sempre demoramos muito tempo para nos ver, pois ela mora mais longe do que meus tickets da TAM podem suportar... Lá estávamos, de frente para o mar, num restaurante que equilibra com muito estilo o simples e o sofisticado... E vivemos nossa noite de Divas. Na mesa, só grandes prazeres: Champanhe e carpaccio de carne. Dois top hits da minha trilha gastronômica. O motivo de comemorarmos tanto em plena noite de domingo? Além do nosso reencontro, nosso brilho no olho ainda muito mais radiante que da última vez que nos vimos. Nós somos, sem qualquer sombra de modéstia, duas criaturas em constante evolução. Ralamos e investimos tempo e dinheiro nisso! Nossos progressos merecem taças e mais taças do melhor espumante! Conversa vai, conversa vem... Estávamos dividindo experiências para juntas discutirmos tudo que aprendemos com cada uma delas. Falamos sobre nossos respectivos projetos profissionais e a que passo estávamos de alcançar nossas metas. Ela é um show! Uma prova viva de que querer é poder e conseguir! (Admiração é essencial para qualquer relacionamento e eu tiro meu chapéu para essa danada!) Nos assuntos do coração somos ambas da política do “primeiro eu, meu bem”, que nos rende quase sempre uma socialmente debatida solteirice. Rimos muito desses rótulos e ela me disse uma pérola: “As pessoas estão insatisfeitas com suas relações e querem jogar seus lixos para a gente.” E aí é quase impossível não lembrar de uma das divertidas frases que meu amigo Fabiano “Tchutchuko” posta em seu facebook: “Casamento é igual a uma piscina gelada: o primeiro idiota que pula fica fingindo que a água tá boa!” Opa! Nós não somos duas solteironas convictas, duas titias ou mesmo duas aventureiras. Somos duas mulheres românticas que sabem o que querem de uma relação e definitivamente não se contentam com pouco! Inevitável lembrar-se de homens que passaram pelas nossas vidas, cheios de “amor”, carinho e promessas de um futuro juntos, por pelo menos algumas horas. Compartilhamos a impressão de que, ao contrário do que a maioria pensa, não se trata de cafajestes. São homens que mostram seu lado melhor para a gente. Aquilo que eles têm dentro deles e que gostariam até que fosse uma parcela maior de sua essência, só que não é. Eles são aquilo que viveram conosco e mais um bilhão de crises, conflitos, dúvidas, inseguranças, traumas... Saber disso é um privilégio. Os homens, em geral, são muito despreparados para a vida sentimental. Se formos parar para pensar, isso é digno de nossa piedade. Então, não odiamos os homens. Nós os amamos, com todo seu despreparo. Amamos a ponto de perdoar suas saídas pouco sutis, desfazendo tudo de bom que um dia pode ter existido. Amamos porque entendemos que eles simplesmente não sabem como agir. Foram condicionados a certos comportamentos, que repetem sem ao menos lembrar que são seres livres, que podem expressar abertamente o que querem e também aquilo que não querem. Eles nem ao menos sabem que nós mulheres não somos de vidro! Saímos da noitada com algumas fortes convicções: A primeira é que só precisamos de nós mesmas para sermos felizes. A segunda é que se esbarrarmos um dia alguém que tenha se encontrado e saiba de verdade o que quer da vida... Bom, aí valerá à pena criar novas convicções!

domingo, 1 de julho de 2012

Sou fã da Internet!

Vamos usar um pouco de metalinguagem? Que coisa incrível publicar minhas despretensiosas crônicas e receber retornos do mundo inteiro! Algo mágico proporcionado pela internet, grande companheira dos candidatos a comediantes, músicos, bailarinos e, no meu caso, a escritores. (Ou será a tudo isso ao mesmo tempo?) Não tenho o blog mais acessado de todos os tempos, mas fiz grandes amigos por causa dele. Quantidade X Qualidade! Vocês não imaginam quanta gente me escreve, telefona ou encontra comigo dizendo que passou por uma experiência semelhante. E olha que esses comentários são sobre as situações mais singulares. Aquelas que eu tinha certeza que só comigo mesmo poderiam acontecer! Aquelas que penso duas vezes se devo publicar, por expor demais a minha fragilidade... É lançar-se de pára-quedas na realidade... Até hoje só tive pousos tranqüilos... Quanto mais bizarra a situação, mais tenho vontade de rir de mim mesma. Ontem, conversando com uma amiga, eu disse isso: “Se eu não puder rir de mim mesma, o que mais me resta?” O humor é meu melhor companheiro. Um tal Vinícius disse uma vez que “é melhor ser alegre, que ser triste.” É uma daquelas coisas óbvias que só são óbvias para os olhos preparados. Adoro poder gritar ao mundo que existo, penso, sinto...Adoro saber que boa parte do mundo devolve isso em carinho, identificação, afinidade... Despertar nos outros o desejo de também se expressar, de compartilhar suas experiências...Essa é a maior e melhor surpresa do meu “Doida é a Mãe!”. Um beijão para todos vocês que compartilham um pouco do meu universo! E viva o uso saudável da internet!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Junho no Nordeste, Que Desafio!

Um mundo de coisas para fazer e o espírito de férias batendo novamente! Morar no Nordeste do Brasil tem dessas coisas! Meus amigos de outras regiões entram no clima do natal e olhe lá... Aqui não! Depois do natal e do reveillon, tem o auge do verão, quando a cidade está cheia de turistas, incluindo amigos de infância que foram morar longe e que vêm passar férias. Depois tem carnaval e a semana santa, que são sempre um convite para uma praia paradisíaca a poucas horas da nossa casa... E quase que sem lapso temporal chega o período junino. Tudo bem! Sou da geração anos 90, que ia para o interior de Sergipe, na cidade de Areia Branca e era fã de Mastruz com Leite, 5 horas de forró. Esse tempo já passou e o hoje superlotado Forró Caju, embora bonito e cheio de ótimas atrações nacionais, não faz a minha cabeça. Não sei as letras das músicas da banda Aviões do Forró, embora reconheça que eles são divertidos, e muito menos conheço os tais sertanejos universitários que nos invadiram. (Meu Deus, que nível é esse dos nossos universitários? Que saudades de quando eles se reuniam para produzir aquele rock incrível dos anos 80!) Então, quando tento socializar nesse período acabo virando uma sereia fora d água! Mas os céus da cidade estão forrados de bandeirinhas coloridas e imagens de Santo Antônio, São João e São Pedro. Meus amigos fazendo fogueira para os filhos soltarem fogos... Detesto fogos e meus filhos são alérgicos a fumaça, correndo desses rituais. O pior é que não se faz outra coisa nesse período, por mais que você tente. A não ser que você reúna amigos em sua casa, compre vinhos, queijos e ponha uma bela seleção musical no seu home theather. Confesso que usei desse artifício na última sexta-feira, mas uma vitória dessas não dura mais que uma noite, pois até o mais anti São João inventa uma desculpa para participar de algum “arrasta pé”. Uns dizem que é por causa das comidas típicas, outros pela oportunidade de reunir a família ou beber com os amigos... Quando você menos espera está envolvida numa festa, bem longe da sua rotina que, no meu caso, envolve muitos e muitos livros e cadernos. Quanto tempo duram os festejos juninos por aqui? A dica está no nome: O mês de junho inteiroooooooooooo! Hoje, segunda-feira, já fui convidada para ir ao Mercado Central assistir um grande amigo que vai fazer o show de abertura da noite. Como me concentrar em qualquer outra coisa se da minha casa ouço toda a movimentação, sinto o cheiro de fumaça das fogueiras e ouço o estourar de fogos de artifício a cada dois segundos? Ainda assim estou resistindo bravamente, nem um passo de forró foi expressado pelo meu corpo bailarino, mas não sei se resistirei até o dia 30. O Nordeste deveria ser só para turistas, aposentados ou milionários!

domingo, 24 de junho de 2012

Combinado

Então fica combinado que nós não tocamos mais em assuntos que não levam a lugar algum. Combinamos de pensar no futuro e na felicidade do que está por vir, ou mesmo do presente que se costura a cada manhã. Fica combinado que o cabelo estará impecável e que eu nunca mais uso o shampoo fubeca dos outros, já que meus cabelos são sensíveis a porcaria. Não posso ainda combinar de não ficar triste pela ausência dos meus pais em lugares que antes estive única e exclusivamente por causa deles, mas, Deus, se der para combinar alguma coisa nesse sentindo, quero combinar deles terem uma segunda chance de ser feliz, pois ninguém consegue ser feliz quando todos que amamos não estão também. Tá certo assim?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quando eu te encontrar...

Eu já sei o que meus olhos vão querer quando eu te encontrar.Impedidos tanto tempo de te ver, vão querer chorar...Um riso incontido,perdido em algum lugar.Felicidade que transborda, parece não querer parar.Não quer parar.Não vai parar!!! Eu já sei o que meus lábios vão querer quando eu te encontrar, molhados de prazer vão querer beijar. E o que na vida não se cansa de se apresentar, por ser lugar comum, deixamos de extravasar, de demonstrar... Nunca me disseram o que devo fazer quando a saudade acorda a beleza que faz sofrer. Nunca me disseram como devo proceder. Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer! É isso que quero dizer!!! Eu já sei o que meus braços vão querer quando eu te encontrar. Na forma de um "C" vão te abraçar. Um abraço apertado pra você não escapar. Se você foge me faz crer Que o mundo pode acabar, vai acabar... Chorar, beijar, te abraçar...

sábado, 9 de junho de 2012

A Musa da Borracharia

Um lugar inusitado, feio, mas absolutamente charmoso e cheio de personalidade. Nada de glamour ou drinks à base de absolut ou champagne. No máximo uma cerveja e uma caipirinha ou, para os menos guerreiros, como eu, coca-cola e água mineral. Acostumada com a noite aracajuana, onde mulheres se estapeiam por algum barrigudo careca, estava cercada por beldades dos mais diferentes estilos: Do “rasta” de olhos verdes ao playboy com narizinho arrebitado, moldando um rosto perfeito, surpreendentemente charmoso e gentil. Uma passarela incomum, onde, num universo de dez, seis eram lindos, dois normais, que facilmente se passariam por lindos na minha terra, e dois eram feios de verdade, ainda que cheios de boas intenções e de alegria de viver. Lá estava a heroína de todos vocês, elegantemente vestida para ser vista e maquiada para brilhar... Nos pés um salto alto, mas aparentemente não tão cheia de desejo assim... Paquerar? Como assim? A última vez que nossa protagonista foi numa balada com esse real interesse fora há mais ou menos 13, 14 anos, na época que o Red Hot Chilli Pepers e O Rappa estouravam seus hoje clássicos sucessos. Duas noites seguidas nesse ambiente incrível... A primeira, mostrando bem o amadorismo da criatura, terminou numa gigante crise de enxaqueca, daquelas que fazem a gente não conseguir falar, ver luz ou ficar de pé... Agora a segunda noite... Aí sim a revanche estava pronta! Como estar num lugar tão diferente e não aproveitar por causa de uma meleca de uma dor de cabeça acompanhada por ânsias de vômito? Nada como um dia após o outro! A noite de sábado seria PERFEITA! E lá estava aquela musa loira, alta, gata, super gata e magistralmente promovida a “Rainha de Todos os Ogros da Balada”. Lógico que no dia que ela estava sem se agüentar sobre as pernas chegaram pretendentes de todos os tipos, dos mais gatos aos mais sem noção, mas no dia da revanche, graças à maldita Lei de Murphy, iniciou-se um ritual de galanteios digno de “A Volta dos Mortos Vivos”, com a pequena adaptação de que era a linda loirinha que queria arrancar o cérebro daquele bando de zumbis. Se vocês pararem para pensar, ela estava numa baita vantagem, pois conseguiu ser unanimidade entre os 20% quase desdentados da boate, quando os 80% de atraentes tinham que disputar por uma centena de mulheres, indecisos e sofridos. Os monstros iam se multiplicando e fazendo fila para cortejá-la. Tinha o Compadre Washington, o Cônsul Africano, o Cowboy do Toy Story e até o mutante Homem Mosca... Eram tantos personagens que seria impossível descrever cada um. Desesperada com o que já tinha se transformado em outro filme, “A Hora do Pesadelo”, pediu alforria e correu para a porta, desesperada por um taxi voador, que a tele transportasse em meio segundo para seu silencioso quarto e, ainda na porta, recebeu seu tiro de misericórdia, com a singela abordagem de ninguém menos que o porteiro: “Já vai princesa? Não vá não! Vai me deixar aqui sozinho?” Conselho para minhas amigas leitoras: Cuidado com o que vocês desejam e sejam bastante específicas. Não basta querer arrasar na noite. Fica a dica!!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Bahia e o Mundo- Ter 20 anos depois dos 30 é muito melhor!‏

Sabem aquela lista das coisas que temos que fazer antes de morrer? Aposto que muita gente já pensou em se aventurar numa cidade estranha, hospedada num albergue de quartos coletivos (mas banheiros privativos, pelo menos) e gente das mais variadas nacionalidades. A maioria vivencia essa aventura logo ao sair da adolescência, na maravilhosa casa dos vinte e poucos anos. E faz isso porque faz parte da juventude não ter grana para pagar um hotel decente, então se acomoda como pode, pelo prazer de viajar... Agora imaginem duas mães de família, bem pra lá da casa dos 30, com saldo na conta suficiente para rolar em camas espaçosas de quartos individuais, cobertas por lençóis de fios egípcios, em alguma rede “classe média” de hotéis, felizes da vida em dividir um quarto de 3 beliches com quatro novinhas e totalmente estranhas estudantes de medicina da Universidade Federal de Alagoas. O que moveria essa versão cabocla de Thelma e Louise? Muito simples: Um desejo imenso de abraçar o mundo com as mãos! Como o tempo e a grana não davam para 6 meses de mochilão pela Europa, optamos por dois dias intensos num Che Lagarto Hostel aqui no Brasil mesmo, Salvador, Bahia. A localização de cair o queixo: Uma mansão antiga numa esquina, de frente para o mar, entre o Cristo (Sim, Salvador também tem Cristo) e o badalado barzinho Caranguejo de Sergipe. A casa é toda cercada de varandas, no térreo e no andar superior, cujo terraço é um dos melhores points que já freqüentei na terra de todos os santos. Deques de madeira, mesinhas charmosas, espreguiçadeiras... Logo percebemos que se ficássemos apenas no hostel, sem sair para lugar algum, ainda teríamos tudo de melhor que pudéssemos desejar... Visual alucinante! Drinks servidos por garçons e garçonetes de vários países da América do Sul, conversando naquele “portunhol” super gingado pela convivência baiana... Alessandra e eu tratamos de fazer aquilo que fazemos de melhor: Cuidar do nosso jardim para permitir que os beija-flores e borboletas se aproximassem. Posicionamos uma mesa do terraço na melhor localização possível, munidas das mais geladas cervejas, caixas de som e uma seleção musical cheia de charme. Não demorou para termos uma mesa cercada de gente interessante de todas as partes do Brasil e do mundo. Objetivo “conhecer pessoas” atingido em pouquíssimas horas de hospedagem. Infelizmente confirmamos nossa visão preconceituosa dos americanos, que chegam aqui achando que estão num mundo “anos 80”, quando o Brasil era chamado de “país de terceiro mundo”. O que não nos impediu de relevar, piedosas com tanta ignorância , já que, afinal de contas, todos têm um lado bom. Por outro lado, tivemos a grata surpresa de conhecer chilenos mega simpáticos, continuar adorando todos os paulistanos e baianos do planeta e, particularmente, cairmos de amores pela doçura e simpatia dos ingleses. Percebemos que há um equilíbrio entre casais e gente solteira nesses lugares, algo que estranhamos pra caramba, pois, enquanto mulheres comprometidas, jamais pensamos em viver uma experiência dessas! Mas aprendemos que para as próximas relações, há esta excelente maneira de sair da rotina, num perfeito equilíbrio da socialização nas áreas comuns e a privacidade de um quarto duplo (desde que reservado com bastante antecedência). Creiam que conhecemos até um casal paulistano que tinha casado naquele mesmo dia e voado para a lua-de-mel. Ela super elétrica, trabalhadora estressada de uma daquelas empresas da Avenida Paulista e ele artesão, vendedor de incensos. Ela adora calor e ele adora frio... (E aí vale à pena um parêntese: Ou eles se complementam pra caramba ou esse casamento tem prazo curtíssimo de validade. Vá saber?) Poderia escrever por horas sobre cada pequeno detalhe da nossa incrível experiência, só que vou preferir guardar no baú das minhas mais doces lembranças... Quanto à lista de coisas que tenho que fazer antes de morrer, risquei a aventura num hostel, transferindo para a lista de coisas que vou fazer sempre!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Como vai a sua vida sentimental?

Recebi um e-mail tipo spam com a seguinte pergunta: “Como vai a sua vida sentimental?” Minha resposta foi uma deliciosa e espontânea gargalhada! Não me dei ao trabalho de ler o e-mail, mas a pergunta ficou aqui martelando em minha cabeça. Fiquei imaginando se fosse obrigada a respondê-la com uma lança contra meu peito. Todo mundo tem uma vida sentimental, mas ela não quer dizer necessariamente que estejamos envoltos num romance shakespereano, embora isso fosse o ideal, de acordo com a educação de 99,9% das fêmeas humanas. Na minha vida sentimental tem 3 pessoas únicas e indescritíveis: Isadora, Duda e Davi. Cada uma delas me provoca sentimentos distintos, mas um vínculo e um compromisso inabaláveis. São minhas mais maravilhosas montanhas russas de emoções, a quem dedico grande parte da minha energia amorosa, resguardando uma boa parte para mim mesma e uma parte um pouco menor para um amor romântico que estou por vivenciar. Sim! Eu acredito no amor romântico! Acredito naqueles casais que se encontram, se afinam, se combinam e querem estar perto um do outro por horas e horas e horas, como dizia Renato Russo. Até que essas horas virem dias, que se tornem anos e décadas... Tenho certeza que meu companheiro de bengalas está na espreita, me esperando no dobrar de alguma esquina. Ouso até sentir seu cheiro, ver seu sorriso e quase experimentar seu terapêutico abraço. Ah, mas o e-mail então quer saber DESSA vida sentimental? Posso falar antes da minha mãe e do meu pai? Minha mãe estava doente há tanto tempo, que já não lembrava o quanto era maravilhoso tê-la saudável por perto. E tem sido uma benção nossa convivência diária!( Somos vizinhas de condomínio). Meu pai é do jeito que é e eu o amo no “pacotão” completo: Qualidades e defeitos! Posso assegurar que são muito mais qualidades do que defeitos...(pelo menos como pai.) E o romance? Ah! Quero tudo! Quero cartas cheias de declarações, quero presente cafona de dia dos namorados, como cara-metade ou meia-aliança... Quero tempo disponível, quero meu celular cheio de torpedos e receber e-mails com poemas e letras de músicas que contem nossa estória... Quero muitos abraços, muito carinho, muitos beijos, tudo ao mesmo tempo. Tudo o tempo inteiro, pois enjoar de amar é para os tolos! Amor, quanto mais melhor! Quero um amor grudento, que tenha orgulho da minha liberdade e ame cada palavra que eu pronuncie. E as atitudes que ele eventualmente não ame, que me convença gentilmente, para que eu consiga evoluir com sua ajuda, por amor, jamais por medo de perdê-lo! O meu amor vai me fazer sorrir e, eventualmente, chorar, mas sempre lágrimas de emoção e prazer. Como vai a minha vida sentimental? Meu coração está cheio, cheio, transbordando de amor, por Deus, por mim e por todos que me cercam. Está absolutamente apto a receber um companheiro para o resto da vida. Só falto anunciar nos classificados!

domingo, 20 de maio de 2012

Além do Horizonte

Um dia você acorda e descobre que não pertence mais à vida que viveu ao longo da última década. Quão estranho isso pode ser? Dá um nó na garganta e uma sensação de luto, mas ao mesmo tempo uma certeza inabalável de que todo sacrifício vale à pena quando existe genuína disposição para o novo. É como se uma substância diferente corresse pelo seu sangue, capaz de fortalecer e fazer resistir à tentação de permanecer no passado. Os hábitos, os lugares, as pessoas... Tudo vai gradativamente ficando para trás, mesmo sem qualquer visão do que está por vir. A fé é esse dom incrível de seguir sua voz interior, ainda que só existam nuvens na sua frente, simplesmente pela certeza de que há um lindo arco-íris que iluminará seu caminho na hora certa, bastando para isso você confiar em si mesmo e seguir adiante.

sábado, 19 de maio de 2012

Tudo Sobre Minha Avó

Nasci em 1977, numa casa vizinha à casa de Dona Anayde, a muito amada e respeitada mãe do meu pai, Germino. Sua presença era diária, pela nossa proximidade. E eu adorava tê-la ao meu lado. Sempre tive fascínio pelo seu jeito mais sofisticado, sua elegância e até mesmo seu sotaque, que imito desde que comecei a falar, já que me recusei a pronunciar os “tis” e “dis” dos meus conterrâneos. Optei por ser baiana, como minha avó, e chamá-la carinhosamente de “Dindinha”, que era como todos os netos a chamavam. Acho que, mesmo sem perceber, minha prima Joana fez a mesma opção, de herdar algo de charmoso no jeito que nossa avó tinha de falar. Dindinha era admirável! Uma mulher forte, determinada, cheia de opinião e atitude. E assim formou, com seu exemplo, filhas, netas e bisnetas igualmente fascinantes. Com ela não conhecíamos submissão, dependência ou covardia. Nós duas tínhamos uma conexão especial, muitas vezes expressada numa simples troca de olhares. É fato que existia uma Anayde brava, que reclamava muito e que sabia ser ranzinza como poucos... Mas todos nós aprendemos a lidar com seu temperamento, e ela recebia o amor, o carinho e a atenção de todos os filhos. Comigo a conversa era outra... Adorava sentar e ouvi-la contar da sua vida, do seu passado, da sua história. Fui entendendo como as perdas foram tornando seu temperamento cada dia mais forte, mas nunca deixei de ver a sua doçura. Aprendi a ouvi-la sem julgá-la, compreendendo sua trajetória, sua melancolia e sua dor. Criamos laços fortes, até porque aprendi um segredo excelente para nosso diálogo funcionar: Concordava com tudo que ela dizia! Nunca cheguei em sua casa para não ser recebida por um enorme sorriso e um forte abraço. Perguntava pelos meus três filhos pelo nome, mesmo com nossas constantes ausências, pois a verdade é que com o tempo vamos deixando de dar atenção a quem realmente merece, ocupados demais com os afazeres do cotidiano. Nisso admiro especialmente tia Nega e tia Zeca, que se desdobravam entre suas próprias vidas e os cuidados com a minha avó. E tia Lilian, a mais carinhosa nora que uma sogra pode ter! Admiro meu pai e tio Góes, que não deixavam de visitá-la um domingo sequer, desde que me entendo por gente. E não estou desmerecendo a relação que cada filho tinha com ela. Como disse, ela teve o privilégio de ter o amor e a dedicação de todos eles, sem exceção. Eu adorava passar os finais de semana em sua casa. Adorava o carinho com que ela preparava uma linda e farta mesa de café-da-manhã, que é a minha refeição preferida. Adorava me sentar naquela cadeira de balanço de vime que ficava fixada ao teto, enquanto a admirava preenchendo caça-palavras ou cuidando do seu jardim. Guardo recordações maravilhosas do tempo que ela morou na Atalaia, bem perto da praia e de uma pracinha, onde passei boa parte da minha infância. Lá tínhamos festas todos os domingos, sem faltar um doce recheado de biscoito maisena que ela preparava com todo carinho pra gente. Minha avó era uma mulher consciente de suas qualidades e dos seus defeitos. Nos últimos anos dedicou-se com mais fervor à igreja católica, acompanhando a Canção Nova e revendo todos os seus atos. Buscava o amparo divino para suas dores, mágoas e frustrações. No início deste ano, já bastante debilitada, foi ao banheiro acompanhada de sua filha, Maria Angélica. Olhou pra mim e disse: -Já pensou? Dando esse trabalho todo para os outros? Quando respondi: -Você merece, Dindinha! Ela olhou para a filha pausada e pesadamente, depois me olhou e balançou a cabeça em negativa. - Não mereço não! Fiquei comovida com sua humildade e certa de que ali Deus estava expiando todos os seus pecados e pronto para recebê-la no reino dos céus. Minha admiração por ela só aumentou, assim como meu amor. Para me despedir, vou fazer minhas as palavras do Padre Fábio de Melo: “Eu gostaria de lhe agradecer, Dindinha, pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.” Com Amor, Karine

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ser jovem ou ter o tempo livre dos jovens?

Minha professora de dança do ventre viajou para São Paulo no último final de semana com uma das suas “pupilas” para fazer curso com o renomado Jorge Sabongi.
A aula de ontem então foi bem diferente: Assistimos aos vídeos de várias das apresentações maravilhosas que elas curtiram ao vivo e também das que tiveram que fazer para se submeter às orientações e críticas do mestre da famosa casa Khan El Khalili. Eu babava e suspirava a cada nova imagem, vibrando com cada passo, sonhando ter condições de um dia fazer e ser tudo isso também... Acho que nunca estive tão distante desse nível! Quase três anos afastada me causaram um prejuízo doloroso de constatar. Casei pela segunda vez, tive um filho lindo, encontrei uma terapeuta que me acrescenta e me faz realmente amadurecer e melhorar minha qualidade de vida. Tanta coisa boa aconteceu que não posso conscientemente me queixar por ter deixado essa paixão de lado por tanto tempo! Ah, gente! Mas meu cotovelo está doendo! Está doendo porque tenho muito trabalho o dia inteiro (intercalado com algumas horas de estudos jurídicos) e quando chego em casa à noite tenho uma rotina militar entre os cuidados com meu bebê, com a casa e com os compromissos do dia seguinte. (Finalmente aprendi a deixar as roupas de todos prontas para a manhã, o que me faz, por exemplo, ir trabalhar bem mais bonitinha). Acontece que antes das 22h00 já estou totalmente pregada! Aquela Andréa Al Shamsa que ligava o som alto e treinava em casa passos, sequências coreográficas e muito improviso parece alguém de uma vida passada! Mas eu quero dançar bem! Aliás, quero dançar muito bem! Dançar de encantar e hipnotizar a platéia. Quero arrancar lágrimas das minhas mestras, como a esforçada e talentosíssima Liana tem feito! Quero realizar plenamente esse meu lado que grita e pulsa! A questão é que também quero ser boa mãe, boa filha, boa dona de casa, boa advogada, ótima “concurseira”... Alguém me ajuda a arrumar uma agenda mágica? Será que realizar um sonho é sempre abrir mão de todos os outros? Ontem Catarina comentou sobre uma bailarina que estava fazendo curso e que tem 35 anos. E aí eu pensei: “Ta vendo?” Eu também posso me preparar para fazer no ano que vem. E na hora aquilo me pareceu muito lógico, já que a jovem senhora era beeeemm mais velha que eu e estava lá. Mas como assim bem mais velha? A gatinha aqui nasceu em 1977. Que delírio foi esse? Hoje percebi que eu não quero ser jovem. O que eu quero é ter saúde e vitalidade para vivenciar e realizar tudo que me completa!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Guerra é Guerra

Se você, assim como eu, aprendeu a se apaixonar pelos seriados americanos já deve ter assistido ou ao menos ouvido falar na série Roma. Ela foi produzida entre 2005 e 2007, mas confesso que só assisti no ano seguinte, quando ela já tinha saído do ar, por ter sido a série mais cara da televisão, com investimento de cem milhões de dólares. Ou seja, namorei, casei e fiquei viúva em poucos dias! Se tivessem me avisado que o problema era grana, teria bancado a terceira temporada! A série se passa no ano 52 a.c., mas não poderia ser mais contemporânea. Aliás, a bem da verdade, tive a nítida impressão que nossa sociedade regrediu em salto quântico de lá para cá! A vida dos legionários Tito Pulo (gato demais!) e Lúcio Voreno nos dão aulas de civilidade, da maneira mais inteligente de conviver socialmente. Poderia citar milhares de coisas que aprendi com os dois, mas estragaria o prazer de vocês descobrirem com suas próprias experiências ao apreciar tão inesquecível produção. Roma mostra anos e anos de guerra, batalhas, conquistas, mas principalmente os bastidores da política, cujas sacadas são bem aplicáveis ao nosso dia a dia. Testemunhamos as intrigas e os jogos que permeiam a vida em sociedade e aprendemos que desde que o mundo é mundo não há que se falar em inocência ou confiança plena. Havemos de reconhecer que o ser humano é falho, então mesmo seu amor, seu filho, sua mãe ou seu melhor amigo podem te magoar, te decepcionar e te ferir, simplesmente por traçarem sua própria existência. Quando a manhã começou, fui lentamente começando o ritual que faço antes de toda audiência importante: Depois de uma longa noite de sono, um despertar suave, música árabe para inspirar meus sentidos, a escolha da roupa, sapato e assessórios perfeitos e borrifadas do meu perfume preferido. Imaginei que os rituais de guerra da era medieval deviam passar por momentos de concentração assim. Então lembre de Roma, ainda antes de Cristo... Ou seja, Adão e Eva deviam caprichar no visual e no fortalecimento interior quando queriam discutir algo realmente relevante. É por isso que me identifico tanto com aquela oração de São Jorge eternizada pela música: “Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem. Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem. Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam. E mesmo em pensamento eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo meu corpo não alcançarão. Facas e espadas se quebrem sem o meu corpo tocar. Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar, Pois eu estou VESTIDO com as roupas e as armas de Jorge.” E é isso: Bem vestida, pela descendência européia, bem maquiada pela descendência indígena e não tem pra mais ninguém na batalha de hoje!
(Em azul a minha personagem preferida ao lado de Marco Antônio)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ressurgindo das Cinzas


Nem acredito que estou desde fevereiro sem postar nada nesse meu pequeno diário virtual!
Das duas uma: Ou estou começando a ter crises artísticas de criatividade, precisando me isolar uns tempos na França, ou tenho dedicado tempo demais à minha vida real, pouco espaço sobrando para a virtual.
Por mais madura e equilibrada que seja a segunda opção, quero me identificar com os grandes mestres da literatura, que permitiam-se isolar-se do mundo para, enfim, criar algo decente!
Milão não me sai do pensamento, então imagino que depois de minha overdose de Rio de Janeiro, será o meu próximo destino. Tudo com motivos intelectuais nobres, é claro!
Vivi intensamente os últimos meses...Assim como João de Santo Cristo fui ao inferno uma e depois uma segunda vez...Decididamente o inferno não me pertence! Calor pra mim só se for sob uma piscina luxuosa ou os mares do Nordeste, com suas águas mornas e convidativas! Ah! E isso até que andei aproveitando!
O Hospital São Lucas me "hospedou" por uma interminável semana, mas a vontade que eu tinha era de pegar um avião para ter um tratamento de verdade em São Paulo. A saúde, ainda que particular, no Estado de Sergipe é vergonhosa! Graças aos meus amigos Carlos Eduardo (Vascular) e Karina Ferreira (Oncologista), fiquei menos anônima e mais bem assistida, mas tudo dentro das parcas condições da nossa saúde...
Saí do hospital nova em folha? Ainda não! Mas que vou ficar, ah! Isso com certeza! O que não me faltam são planos para viver, sorrir, ser feliz e bem sucedida.. Preciso de muita vida aqui para alcançar tudo que almejo.
Como será a vida de quem não tem sonhos?
Brincadeira! Eu já passei por isso! Já passei uns anos de escuridão acreditando que não merecia sequer sonhar. Tive três anjos da guarda que me tiraram dessa onda nada a ver: Francielle Temer, Karla Maria e a super querida psicóloga Lúcia Medina.
Uma salva de palmas para os anjos que nos estendem as mãos quando mais precisamos.
Esse texto não teve um assunto específico, mas essencialmente quero dizer que a vida sem amigos dedicados não tem o mesmo sabor. Obrigada, meu Deus! Tenho muitos e da melhor qualidade!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De Volta à Dança...

Resolução de 2012 número um: Voltar a dançar! Sem adiar, sem enrolar, sem ter muito o que pensar. Depois de mais de 17 anos de bellydance, as opções de onde fazer aula se restringem drasticamente.
Minha professora? Uma ex-colega dos tempos das fitas cassetes e dos VHS de Lulu, Claudia Cenci e Patrícia Becardini. Ela e eu éramos alunas da pioneira da dança do ventre em Sergipe, Leila Duarte. (Obrigada, Leilinha! Obrigada, Leilinha! Obrigada Leilinha!) Posso assegurar que em Sergipe, por mais que algumas bellydancers tentem dilatar datas, não existem duas pessoas mais “antigas” em atividade do que a gente.
Vimos todos os filhotes de Leila Duarte tomando seus caminhos e difundindo a dança. Vimos alunas de alunas que fizeram 6 meses e se sentiram prontas para ensinar e causaram um estrago, como também vimos as que se dedicaram seriamente e de fato evoluíram na dança, como Maira Magno, que formou Arline, Fabiana e Patrícia, que alçaram vôos altos, cada uma no seu estilo.
O nome dessa minha ex-colega é Catarina Teixeira. Uma verdadeira sumidade em técnicas de quadril! Mas vocês podem estar pensando: E qual o sentindo de fazer aula com alguém que começou a estudar junto com você?
Humildade, meus amigos! Humildade de reconhecer que a colega tem "um pouco mais" de vocação e um tantão mais de dedicação. Lembram daquele lance de que sucesso é 1% inspiração e 99% transpiração? É isso aí!
Nas duas últimas décadas eu fiz diversos intervalos. Brinquei muito. Não fiz da dança a minha respiração e a minha vida. É mais do que natural que minha atual professora esteja anos luz na minha frente!
A primeira aula foi semana passada. Lá estava eu morrendo de medo de não dar conta. A gente se cobra muito, não é? O que contou a favor foi estar num ambiente conhecido, com pessoas conhecidas, mas acima de tudo muita vontade de me divertir, sentir a música e dançar com a alma.
Claro que o corpo te trai um bocado! Claro que o aproveitamento não é de 100%, mas se fosse, convenhamos, era porque não tinha mais nada para aprender ali.
Então é o seguinte: Se você não consegue acompanhar tudo que se passa numa aula de dança, significa que você tem coisas a trabalhar, a melhorar e a aprender! Maravilha!
Lá estava eu dançando Baladi (dança folclórica egípcia) por pouco mais de uma hora.
Cada bailarina tem suas afinidades. Eu sou do suingue e do gingado folclórico. Sou dos pés no chão e da postura não tão esticada, afinal, por mais que me doa admitir, não tenho formação em ballet clássico, então excesso de postura é um desafio constante à minha popular coluna.
Dever de casa? Estudar o site da bailarina Amar el Binnaz, especialmente em tudo que ela fala e mostra sobre Baladi. E outra coisinha “bem simples”: Apresentar um minuto de solo de percussão na aula seguinte.
Minhas amigas odaliscas devem estar arrepiadas! Quem não tem medo de solo de percussão aqui levante o dedo!
O interessante é que fiquei navegando pelo site quando Amar citou a necessidade de sairmos da nossa zona de conforto para encarar novos desafios.
Segundo dia de aula e tenho que apresentar algo que venho fugindo de fazer há quase duas décadas? Fala sério!
De repente a quinta estava colada à terça, como se eu tivesse entrado numa máquina do tempo. Chego do trabalho correndo e tento em vão fazer 1 minuto coreografado. Travei nos 30 segundos, mesmo assim tendo que reensaiar umas mil vezes até deixar os movimentos bem limpinhos. Mas a aula é daqui a pouco! Putz! Não vai rolar!
Não rolou. Não tive coragem. Amarelei e morri de vergonha de ser tão covarde, mas aí percebi que na dança e na vida temos que buscar superação. Então pedi a Catarina para todo final de aula apresentar um trecho de uma percussão para ela avaliar.
Estou desconfiando que em breve será minha modalidade de dança preferida!
Coisas difíceis ou mesmo aparentemente impossíveis? Metam as caras ou, como diz meu pai, entrem de sola!!!

(Eu e Catarina (ao centro) e a nova geração de bellydancers na aula de hoje)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ando assim tão Marilyn...

Nada como um banho de autoestima para movimentar nossos dias!
Parece brincadeira essa coisa de sentir-se para, assim, ser algo, mas meu lado Marilyn Monroe anda tão aflorado que é impossível não perceber o impacto causado no mundo que me cerca!
Tenho peito que chega antes de mim em qualquer lugar, pernas grossas, quadris largos...
Digamos que no mundo das divas há Giseles e Marilyns. Sou uma Marilyn em todo seu esplendor!
E aí, pessoal, é muito fácil! É só brincar de Barbie Fashion com nosso guarda-roupas, caprichar na maquiagem nude(para quem não sabe, aquele tipo de maquiagem que deixa você linda com cara de quem não está usando nada), fazer o sacrifício de andar mais sobre saltos do que em confortáveis rasteiras e sorrir. Sorrir para a vida, para as árvores, para os carros, para a linha de trem por onde passo todos os dias para ir trabalhar...
Você começa a sorrir forçadamente, como exercício. Não demora muito para sorrir por lembrar de coisas bacanas e menos ainda para ter todos os seus sorrisos retribuídos!
Semana passada fui fazer um exame médico de rotina. Cheguei cedo e já havia 14 pessoas na minha frente.Santa paciência, não é?
A minha pelo menos é santa, pois aproveitei esse tempo que poderia ser de grande irritação, atravessei a rua e dei uma bela de uma escova nos meus lindos cabelinhos loiros. É algo que não costumo fazer no dia à dia, pois tenho uma lista interminável de prioridades, mas alí era a hora e o lugar.
Uma coisa puxa a outra. Eu daquele jeito, toda "propaganda de shampoo" já quis me levar para passear no shopping, depois caminhar no calçadão da Praia 13 de Julho, depois para uma festa que todos estavam comentando... E assim foi! Tive minha sexta-feira de diva!
Marilyn tinha seus probleminhas, eu tenho e é capaz até da Gisele Büdchen ter (embora eu não acredite), mas isso não pode e não deve tirar o nosso direito de sermos o melhor que podemos.
Vamos lá, pessoal! Capricha no visual! Capricha nos cuidados pessoais! Todo mundo diz que as mudanças devem sempre começar de dentro para fora.
Não gosto de sempres e nuncas! Acho mesmo que o importante é mudar: Mudar sempre para melhor!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Confie no Amor!

Um dia, completamente desavisada, esbarrei-me com o amor. Amor de romance. Amor que faz suspirar. Amor que faz a gente se sentir inteiro, feliz, poderoso!
Não saí na balada, não pus minhas melhores roupas, não fiz maquiagem de guerra.
Estava sentada na mesa do meu trabalho, num dia que seria um dia qualquer em minha vida, mas o amor chegou sem anunciar.
Como ele estava disfarçado, acreditei ter encontrado um bom amigo. Amor de verdade não chega com cavalo branco, buquê de flores ou entradas cinematográficas. Chega disfarçado de amizade, com afinidade e identificação únicos.
Acontece que esse amigo era alguém, como dizia Renato Russo, com quem eu queria falar por horas e horas e horas.
Em 15 dias a única certeza que eu tinha era de que precisava encontrá-lo e quando isso finalmente aconteceu não havia mais a menor dúvida:
Quando o verdadeiro amor bate em sua porta, não há espaço para perguntas. De repente todas as respostas estavam lá e cabiam dentro do nosso abraço, dos nossos olhares e dos sorrisos que brotavam involuntariamente.
O mundo ao nosso redor parece estar contagiado pela nossa alegria. Todos se sentem bem em estar por perto!
Nessa relação não há ciúme, pois sabemos que nada nos faz mais feliz do que estarmos juntos. Como se sentir ameaçado quando só há segurança, paz e equilíbrio?
Mas cuidado! Nem todo mundo está preparado para segurança, paz e equilíbrio.
Há casais que se separam pelo simples fato de não se sentirem merecedores de tamanha harmonia. Aí um começa a procurar defeitos no outro e acreditar que esses defeitos a médio e longo prazo irão quebrar aquilo que hoje parece tão perfeito. Sem contar o coro de invejosos de plantão, alardeando que algo tão bom só pode ser mentira e que fatalmente iremos nos machucar.
Com o tempo vamos acreditando, pois fomos ensinados de que tudo que é bom dura pouco e que quando a esmola é demais o santo desconfia. Quanta bobagem!
Acreditem no amor! Acreditem no que vocês sentem! A gente sabe quando é correspondido, mesmo com toda torcida contra.
Eu amei e fui amada. Ouso dizer que ainda amo e sou amada pela mesma pessoa, por mais distante que estejamos.
Se a gente se reencontrar um dia será ainda mais lindo, mas se isso não acontecer, o amor continuará intacto e florido dentro de mim.
A única coisa que sei é que amor não se conjuga no passado. Ah! Como ainda amo cada lembrança desse encontro!





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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Turista em Casa

Ok. Confesso! Ando muito sumida desde que 2012 começou. Quisera eu poder contar das minhas aventuras em Morro de São Paulo, Angra, Búzios, Fernando de Noronha e Itacaré, que são os lugares onde todos os brasileiros deveriam estar no mês de Janeiro.
A verdade é que ando me desdobrando em mil para viver as férias alheias. É uma insana correria para manter os compromissos no horário do almoço e após o expediente. Tudo para reencontrar velhos amigos que vêm de todas as partes do mundo passar o verão na sua terra natal, no maior clima de havaianas, caranguejo, sol e cerveja.
São dias e mais dias dormindo tarde e acordando super cedo, pois enquanto meus companheiros relaxam numa espreguiçadeira em frente ao mar, sento aqui no computador para dar conta de processos, prazos, reuniões, licitações e toda sorte de projetos.
Nisso ainda tem a creche do caçula, aquisição de fardamento e material escolar das minhas meninas e todas as questões típicas do janeiro de quem ironicamente mora numa cidade que é destino de tantos turistas.
Cidade turísticas deveriam implementar férias coletivas durante todo o verão! Mas férias com F maiúsculo mesmo, suspendo prazos de toda sorte, inclusive do vencimento das contas.
Vocês acham que eu deveria mandar uma projeto de lei para o Congresso? Será que consigo os milhões de assinaturas necessários?
O pior é que a energia das férias alheias nos contaminam de tal forma, que nossa produtividade despenca para níveis assustadores. Coisas que demandam poucas horas de trabalho se arrastam por dias, por total ausência de neurônios eficientes.
A sorte é que, como diz uma amiga minha, um dia estarei de férias, num período do ano totalmente inusitado para a maioria da população e nesse dia serei eu a desestabilizar a rotina dos meus amigos queridos.
E antes que eles se magoem, isso não é uma reclamação. Ao contrário, é muito gostoso dividir as alegrias dos dias de folga, mesmo sem tê-los!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Eu, Meu Carro e Meu Gato!

Verão pode ser apenas isso: Tomar sol o dia inteiro, vestir uma vestidinho branco pra valorizar o bronzeado e sair pela noite, da praia aos mais inusitados cantos da cidade... Único compromisso: Divertir-se com celular desligado!
2012 é ano de experimentar uma vida nova. Hoje foi a minha vez de conhecer o La Lunna e Tio Maneco.
Sempre muito bem acompanhada, lógico, pois antes bem acompanhada do que só!
E não é que me flagrei nessa coisa clichê de eu, meu carro e meu gato? Miaaauuu pra vocês!





quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Programa de Índio




Aviso aos navegantes: Nunca supervalorizem seu poder de civilidade, pois não passamos de uns selvagens com roupas de grife!

Se você brigou com um amigo porque ele foi muito sacana com você, não pense que um almoço coletivo e cordial vai conseguir disfarçar seu desafeto, por exemplo.

O fato é que na primeira oportunidade você soltará alguma piadinha de mau gosto, carregada de ira e despeito.

Ah! E não ache que sairá de vilão, o que afinal seria um papel de destaque. Não, senhor!

Você sairá como um bobo da corte, pois desestabilizado por sua raiva indisfarçável, será alvo dos comentários mais contrangedores, apenas e tão somente para lembrá-lo de que você jamais deveria ter aceitado o convite para essa tragédia anunciada.

E não adianta bradar aos quatro cantos que não devia ter se prestado a esse papel.

A única coisa cabível após duas horas de desconforto é guardar a “lembrança” em letras e imagens garrafais e certificar-se de jamais nas galaxias ceder à tentação de crer ser melhor do que você de fato consegue ser.

Respeitem seus limites, queridos! Preservem-se de vocês mesmo sempre que a situação exigir...

Depois é bola pra frente, na pose!