segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Steve Jobs e Andréa Góes


 
Bom dia a todos que têm vontade de viver bem e de ser feliz, custe o que custar!
Hoje é segunda-feira, dia internacional dos recomeços!
Quem passou o final-de-semana refletindo sobre os prós e contras da vida?
E aí? Chegaram a alguma conclusão?
Se tem uma coisa insuportável aos meus olhos é gente acomodada, que acha que não tem nada para melhorar, nada para trabalhar ou, ainda pior, os que sabem que têm, mas na prática não mexem um dedo no caminho da evolução pessoal.
Quero distância desse tipo de gente!
Quando tinha 13 anos de idade meu grande amigo Marcelo Rangel já dizia admirar minha capacidade de sempre refletir sobre meus passos. Valeu, Marcelo! É bom quando alguém que admiramos nos dá um reforço positivo, ainda mais assim no comecinho da nossa vida.
Minha mente sempre foi uma máquina inquieta, arquitetando maneiras de tornar minha existência mais significativa, ou, como dizia Eça de Queiroz, superiormente interessante. E isso às vezes forma um abismo entre mim e criaturas ordinárias com orgulho...
Perdoem-me pelo tom mais agressivo das palavras. É resultado dos sentimentos que vêm à tona enquanto leio a biografia de Steve Jobs.
Sua história e a história da computação se confundem, um baita mérito! Mas vocês não imaginam o quão enlouquecedor tem sido conviver com um cara temperamental como ele!
Até agora o que posso concluir é que ele não era um gênio, apenas acreditava ser e movia céus e terra para viver sua convicção. Quer algo mais inspirador que isso? Seu legado está aí, digno de incluí-lo entre os maiores nomes da humanidade.
Podemos dizer que esse cara conseguiu o que mais planejou na sua vida: Mudar o planeta!
Mas nem toda personalidade de relevância histórica é iluminada como Gandhi, por exemplo.
O Jobs era um cara porco e insuportável, pelo menos no primeiro terço do livro, que é onde me encontro.
Mas é claro que vale a pena conhecê-lo melhor! De vez em quando temos que aguentar o fedor e o gênio difícil de algumas pessoas simplesmente porque elas têm muito a nos ensinar.
Ainda não posso listar tudo que aprendi com esse tal criador da Apple (nem tão criador assim, como estou constatando), mas posso dizer que ele me permitiu acordar cedo, cumprir bem minhas obrigações de mãe e filha e seguir para o trabalho cheia de disposição para produzir e estudar.
E para não dizer que não falei das flores, é hora da leitura diária de Direito Constitucional.
Uma ótima semana para todos vocês!

sábado, 26 de novembro de 2011

Sou uma estrela de cinema num mundo sem críticos

Um dia de descanso...Obrigada, meu Deus! Sabe uma das qualidades que mais aprecio? Na verdade duas qualidades: Capacidade de abstração e capacidade de concentração.
Modéstia à parte, são duas qualidades muito minhas, direto de fábrica.
Capacidade de abstração, para quem não sabe (não quero menosprezar o intelecto de ninguém, mas...), é o processo mental em que as idéias estão distanciadas dos objetos.
É uma espécie de método que isola os generalismos teóricos dos problemas concretos de maneira a resolvê-los.
Muitas vezes consigo (com o poder do pensamento) excluir todas as pessoas e situações incômodas ao meu redor. Seria um dom natural para a meditação?
Tenho pensado muito, muito mesmo em ir mais fundo nisso. Se alguém souber como começar, aceito todas as dicas!
A coisa mais zen que consigo planejar agora é entrar no Pilates para chegar o mais próximo possível do corpo escultural da minha prima Ertinha. Ai como ela está linda!!!
Mas enquanto os sinais certos não me tocam, vou me rendendo aos apelos materialistas, como o passeio delicioso que fiz no Shopping Jardins na companhia da pessoa que mais me ama nesse mundo, meu pequeno Davi!
Inclusive fomos ao cinema e ele disse que Sarah Jessica Parker parece com a mamãe e o  Greg Kinnear com o papai. 
O filme, Não Sei como Ela Consegue, é um bobinho ótimo para quem quer "desanuviar". Nele ouvi uma frase que traduz perfeitamente minha relação com meu pequeno príncipe e como me sinto no hoje:


"Ser mãe de uma criança de 2 anos é como ser uma estrela de cinema num mundo sem críticos."



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quando a verdade aparece...





Com diz uma amiga, quem nasceu pra querido diário dificilmente escreve um blog de respeito! 
Hoje vou aproveitar meu pequeno e especial espaço internáutico desrespeitável para mandar um recado a alguém que me virou as costas esses dias, num momento de extrema necessidade:

Nossos melhores sucessos vêm depois de nossas maiores decepções.
(Henry Ward Beecher)



Ah! Quase ia esquecendo: Não vou esquecer quem pisoteou meus dedinhos, tá?

Dayse, Erick e Eu

Não sei quantas vezes dividimos colchões na casa de palha de Dayse, em cima de uma duna nas praias de Pirambu-SE.
Não sei para quantas pessoas, além de você, sou capaz de tirar a maquiagem e mostrar que minha pele está irritada e com espinhas de alguma confusão hormonal qualquer e que meu cabelo também assanha.
Erick, não sei quanto tempo tem que você não está aqui, não quero contar. Já não sou boa de números e contar coisa ruim então...Mas seu celular está na minha agenda e seu e-mail no meu catálogo de endereços. Como é que faz para apagar? Eu não vou fazer isso! Eles dois vão ficar lá, do mesmo jeito que você está aqui comigo e com todos que te amam tanto!
A memória traz pequenos fragmentos dessa noite. Sei que Dayse já tinha uma tv e que isso me irritou profundamente. No mínimo obriguei você a fazer massagem nos meus pés por horas, enquanto falávamos bobagens, ríamos ou cochichávamos para não aborrecer a anfitriã com nosso bom humor insuportável!
Ah! E foi ela quem acabou de me mandar essa foto, meio que pra me lembrar de ser forte nos momentos difíceis e não esconder o jogo, como, de certa maneira, você parece ter feito. Não queremos te julgar! A gente te ama e está do seu lado e ponto final.
Acho que ela mandou para dizer que me ama tanto quanto te ama, o que é um privilégio, considerando que ela é louca por você!
Naquela missa da igreja do Salesiano tinha um monte de gente vestida com seus figurinos. Eu não tinha nada parecido para vestir. Digamos que nosso visual era algo entre a água e o vinho, não é mesmo? Mas eu achava lindo tudo que você fazia, como sei que você achava lindo eu dar uma escova para inaugurar o banheiro cheio de pererecas da casa mais rústica de Sergipe.
Agora bem que você podia mesmo ter me ensinado a usar photoshop para termos aquele pele japonesa que você curtia tanto! Ainda que apenas no nosso pequeno mundo da imaginação...
Onde será que estão seus óculos inseparáveis? Suas bolsas e sandálias horríveis?
A gente se divertiu, não foi Erick? Foi muito bom, sempre! Você é bom! Bom demais!
Um beijão e um abraço do tamanho do vazio que você deixou por aqui!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Antes da tempestade vem a bonança...

Parafraseando as expressões bombásticas de um grande amigo, posso dizer que minha segunda-feira foi um episódio pavoroso do seriado "Além da Imaginação". Não queiram saber os motivos, mas posso garantir que tudo, tudo pode virar de cabeça para baixo nessa nossa vida louca e breve.

O bom de um um dia pavoroso? Faz os dias anteriores parecerem bem mais leves e divertidos!

Ondonto Fantasy 2012:

A festa surgiu há 15 anos e teve sua primeira edição nas ruínas da casa que não chegou a ser construída para um casal muito próximo meu: Minha prima, Karla Gois e seu então marido, Alex Xuxa.
O casamento não durou tanto quanto gostaríamos, mas o povo ficou com a herança de um espaço minúsculo que abrigou cerca de 500 pessoas com fantasias improvisadas, mas igualmente divertidas. É certo que, pela proximidade com o dia das bruxas, fazia um estilo figurino de sexta-feira 13 ou algum filme de bruxas e vampiros, mas foi um bom esboço...

No ano seguinte a procura foi tanto que os organizadores tiveram que encontrar um espaço para 1.200 pessoas e de lá para cá ela se tornou a maior festa à fantasia do Brasil.

Este ano reuniu a pequeníssima quantidade de 50.000 pessoas, distribuídas entre Camarote Vip (que é meu lugar cativo, pelo meu charme, beleza e alta influência na sociedade sergipana); povo em geral, abaixo do palco principal; um palco com shows de rock; outro palco mix, rolando axé, sertenajo e qualque coisa assim mais popular e uma tenda eletrônica.

Do camarote nós podíamos curtir as batidas eletrônicas, rock e hip hop do DJ Cafu, que foram os pontos altos da festa, além das atrações do palco principal: Jau?????Um saco! Monobloco? Alegria demais para meu estado de espírito e, por fim, Tuca Fernandes, que está ainda melhor do que na época do Jammil, mas infelizmente fez seu show quanto eu não tinha mais estômago, coluna e paciência para fingir que queria dançar efusivamente!

A fantasia da noite definitivamente foi de Gil Apolinário (Crô), que é a pessoa mais original e criativa do planeta terra. Além do perfeccionismo que o faz ficar absolutamente igual ao personagem!

A liga da justiça estava super unida e ganhou uma pequena mulher maravilha, tipo irmã da verdadeira mulher maravilha e um lanterna verde hiper, ultra musculoso e adorável! Peter Pan estava só alegria podendo viver uma noite inteira na terra do nunca. O batman que me trouxe era perfeito demais para meus defeitos, mas encontrei um batman de velhos carnavais com quem tive a felicidade de partilhar alguns minutos de reencontro.

Ah! Encontrei um grande amigo de Beto Kolb, meu amado amigo que sumiu e me esqueceu e assim pude sentir sua presença, ainda que momentaneamente. Isso foi muito bom!

Num dado momento eu só pensava e queria ir para casa. Ainda bem que o avião invisível estava a postos para atender as minhas emergências.

Não consegui assistir ao show dos Raimundos, que curto tanto, mas não posso reclamar, afinal, como cliente numero 3 da CD Club e fã de do DJ Cafú, só tenho a agradecer pelos momentos Anos 80 que ele nos proporcionou. Sem dúvidas os únicos quando realmente quis estar alí!

No mais era um monte de gente jovem e bem produzida fazendo eu perceber o quanto destoava daquele mar de beleza e jovialidade...Open Bar de araque, pois meu estômago doendo não me permitiu tomar mais que duas frozen de tangerina, seja lá o que isso fosse, e um copo de água mineral.

Tem um momento que sigo um mantra silencioso e persistente que me conduz mentalmente à minha cama e nossa...Ela demorou!

Adoraria mentir para vocês que foi a festa do ano! Adoraria ter detalhes gloriosos da noite, mas a única coisa que posso dizer é que como tudo na vida, ela também teve fim. Graças a Deus!

Saldo positivo: Blitz com bafômetro na cidade inteira! Mil pontos para a SMTT!
Meu irmão, Batman!

É covardia tirar foto ao lado dessa modelo!

Batgirl, Mulher Maravilha, Crodoaldo Valério, Peter Pan e Batman

Ok! Crô era o mais fofinho, mas a produção de Hudson Maud...Ai que medo! Lindo sempre!

Batgirl e o turista cerca lisa...kkkkkk




As verdades que criamos

Forçar energia e felicidade às vezes pode ser desastroso! Você calcula tudo com bastante antecedência, tenta se cercar de todos os meios de segurança e mesmo assim não consegue evitar um fracasso.
Mas como prever que daqui a um mês você ainda não estará se sentindo bem? Como prever que algo que vem piorando dia após dia assim continuará, alcançando níveis antes inimagináveis? Não ouvimos sempre que o amanhã será  melhor?
Às vezes a gente cresce acreditando ter absolvido certos valores de uma determinada pessoa, mas num baque mais forte descobrimos que na verdade nossa essência é pautada nos valores de outra. Tem prova maior da relatividade que nos cerca?
Nossas certezas às vezes não são nada além de "verdades" que criamos para formar um contexto de vida aparentemente seguro.
Como é duro se sentir mais forte do que a pessoa que te ensinou sobre fortaleza!Ao contrário de causar um sentimento de superação, causa um amontoado de dúvidas quanto à nossa própria essência.
Mas dúvida é algo que não ajuda em nada nos momentos de turbulência!
Nessas horas o que mais precisamos são de certezas! Certezas inabaláveis a ponto de nos dar motivos para acordar e persistir com objetivos tão sofridamente planejados.
Quanto aos programas que, por alguns instantes, acreditamos que poderiam nos proporcionar algum tipo de alegria e alienação...É sempre melhor tentar do que desistir, ainda que acordemos com um profundo sentimento de inadequação.
Fiquem bem aí, pois vou tentar colocar meu ego ferido e eu para dormir!

sábado, 19 de novembro de 2011

Gotham City não corre mais perigo!

Caraca, estou prestes a entrar no mundo acadêmico! Tenho que pesquisar mais a fundo o que a TPM é capaz de fazer com o emocional de uma mulher!
Passei a semana péssima! De cama, cheia de dor no corpo e na alma! Nem escrevendo aqui eu estava, caso vocês não tenham notado!
Ontem disse para uma amiga que sentia uma vontade seca de chorar (pois as lágrimas nunca chegavam). Questionei com outra o meu lugar nesse mundo... Fiquei ressentida com um menino de 2 anos que monopolizou o microfone no karaokê da escolinha de Davi. Óbvio! Eu estava certa que ia encantar e surpreender a todos com meu super, hiper, power repertório de músicas infantis educativas! E o tal Caio Bezerra lá, todo fofo, como todos os bebês espertos, roubando meu lugar no centro das atenções!
Olha, foi tanto sofrimento que acreditei mesmo estar no meu pior estágio.
Hoje de manhã, o que acontece surpreendentemente? Uma poça vermelha no lençol. Eca!! Contudo, problema resolvido!
Gotham City não corre mais perigo!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Comprometida

Meu corpo todo está dolorido, como seu eu tivesse levado uma surra. Agitada como sou, não consigo levantar do colchão que faz as vezes de cama aqui.
Estou terminando de ler o livro "Comprometida" de Elizabeth Gilbert. Livro que ela escreveu ainda antes de "Comer, Rezar e Amar despontar nas listas dos mais vendidos no mundo inteiro.
Tirem suas próprias conclusões:

Num mundo de possibilidades tão abundantes, muitos de nós simplesmente brocham de indecisão


Ou nos tornamos comparadores compulsivos, sempre medindo a nossa vida em comparação com a dos outros, achando que no fundo deveríamos ter seguido aquele caminho que eles escolheram


Em geral, quando só há um caminho à frente podemos ter confiança de que é o caminho certo


...Eu pedi tão pouco! Não parava de dier, como se bastassem as exigências diminutas para protegê-la de decepções.


Ousara pedir felicidade e ousara esperar que a felicidade viesse do casamento. Isso é tanto que é impossível pedir mais!


Agora queremos ser inspiradas pelos cônjuges! Diariamente! Vai estar à altura querido?


Citação de Goethe: Quando duas pessoas ficam realmente felizes uma com a outra, em geral podemos supor que estão enganadas


Embora eu saiba que deve haver casais cuja história começou com uma fogueira de obsessão e depois, com o passar dos anos, abrandou-se e se transformou nas brasas seguras de uma relação longa e saudável, nunca consegui aprender esse truque.


Não convidei a Sabedoria e Prudência para o meu casamento.


A depressão foi um amigo enviado para salvá-lo das alturas exageradas da falsa euforia que vinha fabricando desde sempre.


Sumi imediatamente na cavidade do peito daquele homem com um homúnculo distorcido, irreconhecível e parasita.


Acreditamos que, se duas pessoas se amam de verdade, de algum modo a intimidade será intuitiva e o casamento durará para sempre com a mera força do afeto.


Depois de estilhaçada a confiança, juntar os cacos outra vez é árduo e sofrido, para não dizer impossível.


Um casamento não é apenas uma história de amor particular, mas também um contrato social e econômico  muito estrito, se não fosse, não haveria milhares de leis municipais, estaduais e federais regendo nossa união matrimonial.


Se você acha que é difícil falar de dinheiro quando está feliz e apaixonado, experimente falar sobre isso depois, quando estiver desconsolado, zangado e o amor tiver morrido.


Não preciso dizer que o casamento não é saudável quando um cônjuge é dócil e flexível e o outro, um monstro dominador.


Buda ensinou que a maioria dos problemas, se lhe dermos tempo e espaço suficientes, acaba se desgastando.


O problema surge quando as pessoas levam consigo, de um casamento para o outro, comportamentos destrutivos não resolvidos


A estatística mostra que os casais com filhos pequenos relatam mais desencanto com o casamento do que os casais com filhos adultos ou sem filho nenhum.


Quanto menos parecidos os parceiros em termos de raça, idade, religião, etnia, base cultural e carreira, mais provável que algum dia se divorciem. 


Os opostos realmente se atraem, mas nem sempre se aguentam.


Para fechar com chave de ouro as primeiras 172 páginas:

Os casamentos baseados na noção tradicional e restritiva do lugar da mulher no lar tendem a ser menos fortes e menos felizes do que aqueles em que o homem e a mulher se veem como iguais e nos quais o marido participa das ingratas tarefas domésticas tradicionalmente femininas.


Já estou na página 339, mas acho que, por hoje, ficam muitos pensamentos interessantes para vocês refletirem e comentarem, por favor!

domingo, 13 de novembro de 2011

Concursos e Pólo Aquático

Marcio Porto- Técnico de Polo Aquático- Professor de Vencedores
Afinal quem são esses concurseiros? É uma tarde ensolarada de domingo e a Universidade está repleta deles! Roupas confortáveis, garrafinhas de água mineral e chokito, que, pelo visto, deve conter em sua fórmula alguma substância ativadora de memória,já que (sem muita concorrência) era a guloseima mais vendida na frente dos portões de entrada. Os vendedores de caneta bic preta o tempo todo berrando que "quem tem um, não tem nenhum",como se não estivéssemos exaustos de tanto testar e confIrmar esse bendito ditado!
É difícil prever quem dentre aqueles milhares está realmente preparado para vencer o desafio. A gente logo aprende que, em matérias de concursos, muita gente inteligente fica para trás, enquanto pessoas com a maior cara de idiota de raciocínio lento têm um êxito surpreendente. 
Que roupas usam aqueles que vão passar? Eles comem mais ou menos antes e durante a prova? 
No meio de toda aquela multidão, 10 candidatos ou menos ocuparão as vagas, mas, daqui a 15 dias ou 1 mês você encontra essa patota toda de novo, pronta para outra batalha!
De onde vem a determinação dessas pessoas? Elas não tem orgulho ferido quando conferem o gabarito e percebem que erraram muito mais do que deveriam? Não resolvem passar um mês cuidando da própria vida, depois de ter passado quase 6 meses se preparando para uma prova? Como é que chega força para levantar e estudar na segunda-feira posterior à prova, sem ao menos conferir o gabarito e a pelo menos 3 meses do resultado final?
Como uma pessoa mergulha num projeto que pode demorar anos para se concretizar? Olhando aqui do lado de fora, parece algo que exige uma perseverança heroica, quase santificada.
Quando era adolescente, ficava fascinada assistindo os jogos de pólo aquático no Batistão. 
Um dia, conversando com o treinador, comentei: -Como esses caras conseguem nadar por horas de uma lado para outro, sem tocar os pés no chão e sem demonstrar cansaço?
O técnico me disse que isso se conseguia com condicionamento físico. Os atletas se submetiam diariamente a treinos muito mais exaustivos que os próprios jogos, então, na hora do "valendo", eles tiravam de letra!
Menos de um ano depois esse mesmo técnico me convidou para formar o primeiro time de Pólo Aquático Feminino de Sergipe. Nem imaginava o que implicaria o sim que dei toda cheia de orgulho!
Eram mesmo treinos diários, cujo esforço físico jamais imaginei suportar. Aliás, todo dia eu duvidava que iria suportar (nos dias mais difíceis cheguei a nadar com lágrimas nos olhos), mas o meu querido e tirano técnico jamais me deu a opção de desistir. 
Um belo dia estava eu jogando, nadando de um lado para o outro da piscina, suavemente, como se estivesse passeando num parque. E dali em diante os treinos foram se tornando cada dia mais difíceis e as vitórias mais fáceis.
Os concurseiros entregam seus corpos e suas mentes para os dias de jogo, dedicando-se a eles em todos os outros dias. Quanto mais se dedicam nos treinos, melhor se saem nas partidas. A vontade de treinar mais vem justamente da quase vitória.
Marcio Porto, seus ensinamentos estão aqui dentro de mim, queria sua voz berrando para não me deixar parar de treinar nunca! Mas ela também está nos meus pensamentos, basta querer ouvi-la! 
Parabéns a todos os atletas dos livros! A gente se encontra no próximo campeonato!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nós nos conhecemos na hora errada!

Há dias que temos uma vontade louca de falar um monte de coisas, especialmente quando os sentimentos que nos movem são raiva, decepção, desilusão... Nesses dias, definitivamente devemos nos trancar em nosso silêncio, cumprindo o essencialmente necessário e dormindo bem cedo! 
 
Se a inquietude for imensa, calem suas bocas com cinema, música ou uma leitura divertida. Ah! E não gastem seus cartuchos enchendo os ouvidos dos amigos. Deixem para ultíssimo caso!
 
Sabem aquela frase aparentemente canalha? Nós nos conhecemos no momento errado! Pode ser que um ou outro cretino a utilize como jargão, mas a grande maioria das vezes ela contém imensa sabedoria.

Calma! Não é que conhecer alguém tenha a ver com momento! Conhecemos pessoas o tempo todo e, se você for uma pessoa expansiva, verá que quanto mais gente conhecer, mais opções sociais você tem, para o caso de precisar. 
 
Agora, mergulhar de cabeça numa relação, antes de cicatrizar as feridas de uma outra? 



Ah!Como caimos nessa roubada tantas e tantas vezes? Você conheceu uma pessoa incrível um mês depois do seu divórcio? Ótimo, mantenha uma distância segura! Amigos, ok, mas nada de beijos, abraços ou qualquer tipo de afetividade romântica. Radical? Não! Observação pura e simples de todos que estão ao meu redor. Nos anos 90, em Aracaju, uma mocinha só podia começar um novo namoro após um prazo de aproximadamente 6 meses. Antes dito sua fama estaria seriamente comprometida. 
 
Convenções sociais determinando quando e como podemos começar a namorar são impensáveis nos tempos de hoje, mas, acreditem, neste caso há bastante maturidade envolvida!
 
O que a gente mais vê nos tempos atuais são pessoas com quem nos atracamos no pior momento que poderia existir! Um momento que era para ser de luto, de sofrimento pelo fracasso da relação anterior. Não dá para tentar fugir de tudo isso, pois só com a ruminação de tudo que aconteceu de errado e de tudo que nós fizemos de errado é que podemos estar transformados a ponto de tentar não repetir os mesmos erros na relação seguinte. 

O que fazemos? Com os assoporos desesperados da juventude (e o conceito de juventude anda bem elástico), agarramo-nos ao primeiro gesto de carinho. Ao jeito cativante da próxima vítima, às qualidades completamente opostas aos defeitos da figura de quem acabamos de nos separar (e é óbvio que sentiríamos atração por alguém que representasse esse contraponto!) e temos certeza absoluta que estamos completamente apaixonados. 
 
Só que o fato de ter sido muito cedo para um envolvimento gera a crise dos constantes desentendimentos, sempre contornados pelo nosso desejo desesperado de que dessa vez dê certo
 
Mas como não bater de frente com essa pessoa estranha a quem nos agarramos com unhas e dentes? De que outra maneira poderia ser? Relacionar-se é muito complicado! Mais ainda quando os dois não tem a menor idéia de onde estão se metendo! Conhecer, beijar e namorar, tudo na mesma noite! É assim que as pessoas acham que vão construir uma relação sólida?
 
As duas pessoas, naquela noite e nas semanas seguintes podem estar cheias de objetivos comuns, mas o quanto elas sabem dos desejos mais profundos de cada um? Elas sabem quem você é naqueles dias, mas ela sabe em quem você quer se transformar? Você está pronto para a pessoa que o outro quer ser um dia?
 
De repente elas começam a percorrer caminhos completamente opostos: Um buscando, por exemplo, sucesso profissional e financeiro, quando você se apaixonou justamente pelo seu jeito simples e sem ambição. E o outro, socialmente melhor colocando, querendo única e exclusivamente melhorar questões existenciais, desapegando da matéria, buscando felicidade, prazer, satisfação, coisas que muitas vezes ficaram para trás para ele chegar ao patamar que estava quando eles se conheceram.  

Não é à toa que se cria um abismo entre esses casais! Eles passam a desejar coisas completamente diferentes da vida! Por vezes permanece a paixão, a química... E isso pode mantê-los unidos anos a fio, mesmo depois de milhões de arranca rabos...
 
Mas o que é atração física quando o que está em questão é um projeto de viver juntos até a velhice? Não é suficiente! Principalmente porque adoecer não é sexy! Engordar não é sexy! Não tomar banho antes de dormir não é sexy! Assistir tv o domingo inteiro não é sexy! Roupas e pratos sujos não são nada sexy! Não são necessários muitos meses para a atração fatal se transformar em intolerância total!
 
A ironia é que depois sempre tem o sábio do casal, aconselhando que a pessoa se cuide mais, seja mais independente, pense mais em si mesma... E a figurinha conselheira está certa, afinal você passa séculos à sombra do salva-vidas que agarrou quando estava se afogando em sua dor-de-cotovelo. Ele aceitou que você pousasse à sua sombra, recostasse em seu peito e entregasse sua vida, seu sofrimento, seu passado, como também sua alegria, sua fé, seu amor... 
 
O sobrevivente se entrega sem qualquer reserva e tenta fazer dos braços do seu novo companheiro um porto seguro. A gente quer acreditar que  essa entrega total vai transformar toda dor em alegria, todo sofrimento em harmonia, como num passe de mágica! Confiamos em poderes que o outro, no afã de lhe conquistar, até finge ter, mas não tem! Claro que não tem! Ninguém tem esses poderes! A culpa não é do outro! A culpa não é sua! Você pensa que pode, o outro pensa que sempre vai suportar... E lá se vão dois inocentes e principiantes nessa coisa de amar...
Não têm mesmo noção da confusão e estrago que vão causar na vida um do outro! 
Nunca é intencional! Eles simplesmente não sabiam que era cedo demais para qualquer envolvimento íntimo! E então são mais dois adultos feridos, de coração espatifado! Decepcionados até as tampas com o rumo que essa relação (fadada ao fracasso) tomou.
Pessoas que se dispoem a sofrer um pelo outro e desaprendem a viver sem esse sofrimento. Acontece que isso não é algo com o que devemos nos acostumar!
Assim o melhor que temos a fazer nos dias que batem sentimentos negativos é fazer uma franca análise dos fatos, tentando ser o mínimo parcial possível e só aí transformar a experiência dolorosa numa doce lembrança, com compaixão e compreensão de que quem fere e quem é ferido queria, de fato, acertar, embora quase tudo tenha saído tão errado.
 
E se você está pensando em arrumar uma confusão dessas para sua vida, tente respeitar o prazo mínimo de 6 meses para saber se é disso mesmo que você está precisando.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EU QUERO...


(...)
Voltar a colecionar cds e com isso voltar a curtir música mais intensamente.
Fazer aulas com Lulu Sabongi em dezembro para marcar com louvor minha volta à dança do ventre.
Menos cólica menstrual e, pensando bem, visitar mais frequentemente o meu médico.
Uma cintura fina e um abdomen enxuto.
Sentir menos fome quando estou de dieta e SEMPRE estar de dieta.
Não engordar com facilidade.
Enjoar de sanduíches do Mac Donald´s e de pipoca do Cinemark.
Um dia pedir para enjoar de Coca-cola.
Poupar dinheiro.
Uma babá para me ajudar com Davi nos últimos 15 dias deste ano, quando a creche estará fechada.
Vender muita, muita moda para minha amigas no Bazar de Natal de Olívia.
Ter menos sono logo no início da noite para conseguir estudar por pelo menos mais uma hora antes de dormir.
Saber tudo de direito constituicional e direito administrativo, lendo e relendo todos os livros possíveis e imagináveis a respeito.
Voltar muito em breve, sozinha e muito feliz para Buenos Aires e talvez até marcar uma aula de dança com Saida. Uau!
Deixar de ser pão dura e sempre comprar meu hidratante preferido, que é a Loção Cremosa Hidratante Áloe e Extratos Herbáceos do Boticário.
Natal na casa de Danielle Garcia até amanhecer o dia.
Um reveillon divertido, com gente bonita, música boa e muito champagne!
Levar "fiu fiu" e todo tipo de cantada barata dos operários da construção civil. 
Coragem para me produzir bem todo santo dia!
Coragem para produzir bem todo santo dia!
Reservar mais tempo do que venho reservando para minhas preces.
Que meu cabelo cresça forte e saudável.
Muito trabalho e dinheiro para Didi terminar de construir a casa do filho e a dela.
Sabedoria para educar meus filhos.
Ouvidos aguçados e inteligentes, com filtro para mentiras boas de acreditar.
Não me importar (do fundo do coração) de ter virado passado de pessoas que ainda estavam no meu presente.
Estar cercada e protegida pelas pessoas que me amam e que querem meu bem.
Que meus credores se disponham a pagar tudo que me devem, sem me demandar muita energia.
Ter um carnaval ainda melhor que o de 2011, preferencialmente me sentindo mais segura.
Programar meu próximo aniversário ao som de Roger Waters ao vivo e continuar comemorando nos próximos 3 dias.
Sofrer com elegância e humor.
Não sofrer à toa.
Perder o fôlego de euforia e prazer.
Respirar pausamente em todos os outros momentos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Comendo, Rezando e ...Deixa pra lá!

Beto "Sempre Certo" e eu
"Comer, Rezar e Amar" foi um abraço apertado, um soco no estômago, um beijo estalado, uma mordida que tirou sangue! Não sei se todas as pessoas vão se identificar com ele, mas, poxa: Também tenho 34 anos. Também sou  falsa magra e loira (por motivos diferentes, já que ela é uma magra que, sem roupa tem corpão e eu sou, bem...psicologicamente gata e seca pra caraca! E a loirisse...). Passei por duas separações traumáticas ( e de ambas saí com uma mão na frente e a outra atrás). Amo viajar mais do que qualquer outra coisa na vida! Sou super atraída por questões místicas e, enfim, de alguma maneira também sou escritora.
 
Tenho o maior xodó pela minha amiga Cris, com sua piadinha de: paramos no "comer", citando o caminho evolutivo da autora. Pura sacanagem, pois ela vive bem mais intensamente uma busca espiritual do que eu, por exemplo, que me considero alguém de muita fé!
 
Gostei de ver aquela moça tão linda e loira quanto eu se descobrindo, identificando seu passeio do tarzan, largando um cipó (homem), enquanto pegava outro, sem nunca pousar em terra firme para o simples prazer de descansar sob uma árvore centenária.
 
Adorei a busca pela palavra que a definia! Qual a palavra que me define, afinal? Ainda não sei! Talvez tenha que fazer minha própria viagem à Índia, num ashram hindu, ou ao templo budista mais próximo, algo, que, por sinal, vem martelando na minha cabeça desde as primeiras páginas... Beto -Ah! Kunibert Kolb- sempre me disse que eu ia me encontrar com nas mãos de um bom mestre ioga! (Como eu queria me calar e obedecer cegamente tudo que Beto me manda fazer. Vá me conhecer assim lá em Curitiba!)


Mas voltando ao livro, a protagonista é alguém que tem coragem de sair da zona de conforto. Nossa! Como nos prendemos a isso! É bom saber que alguém da minha idade fez isso e ousou. Ousou querer tudo diferente! Ousou querer ouvir sininhos ao invés de se contentar com os desejos (culturais) que nós da classe média acreditamos ter. Ela faz tudo isso com citações cômicas e sacadas inteligentes, que sempre me faziam gritar (mentalmente) um forte Eureca!
 
E por falar em eurecaComer, Rezar e Amar me chegou quando eu estava dividida entre a leitura da Constituição Federal Comentada de Dirley Cunha (não abandonei o projeto de ficar muito, muito especialista em direito público, pois Beto sempre disse que minha praia é a advocacia pública e ELE ESTÁ CERTO !Já falei isso antes?) e a biografia de um tal Steve Jobs, que pouco antes de morrer apareceu na minha casa pelo youtube, com um dos discursos mais inspiradores que já ouvi. 
 
Tudo relevante! Tudo urgente! 
 
Com exceção da biografia de Jobs, não cheguei a abandonar os outros projetos, mas diminuí o ritmo, quando percebi que essa americanazinha esperta tinha muita coisa para me ensinar.
 
No final de tudo ela ainda me presenteia com detalhada descrição do nascimento de um romance de tirar o fôlego com um brasileiro chamado Felipe. Olha que maravilha: Ela encontrou um único brasileiro perfeito escondido lá na ilha de Bali, enquanto eu estou cercada por milhões por aqui, salvo pelo detalhe do perfeito.
 
Até domingo tenho muito direito financeiro e tributário para assimilar, mas o pai da Apple está agendado para a próxima semana, sem falta!
 
No mais, tenho alguns sentimentos para dividir: Estou no momento e nos lugares exatos para finalmente realizar meus projetos de vida. Na verdade, estou no momento de saber quais são esses projetos e isso já é um grande passo!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Amar e ser amado...

Ontem de noite, depois de um dia cheio de compromissos, deitei em minha cama, acendi um inceso de Eucalipto e fui ler meu "Comer, Rezar e Amar", que tem me proporcionado uma viagem gostosa pelos meus sentimentos. É um bom consolo, se vocês querem saber! No momento Liz Gilbert está me fazendo passear pela ilha de Bali. Triste de quem não tem livros pra chamar de seus!
Esta manhã tudo quis tomar um rumo muito diferente da energia que criei no dia anterior: Minha filha, em clima de total "aborrescência", resolveu passar 30 minutos me "tesando", como dizemos aqui no nordeste. (Tesar, para quem não sabe, é praticar algum ato de forma beeeeem lenta, de modo a testar a paciência de outrem.)
Quando enfim perdi a paciência, fui surpreendida com palavras nem um pouco amigáveis e, acreditem, palavras que não mereço nem um pouco! Especialmente vindas dessa criaturinha! Fiquei e infelizmente ainda estou com muita raiva, mas vou contar o que postei no facebook:

 
Tudo bem raiva, você chegou por um bom motivo esta manhã, mas não quero passar o resto do dia com você. Saia daqui e de
 
 preferência se transforme em dor na consciência de quem me ofendeu!

O facebook às vezes é a maneira que encontro de entoar mantras que extravasem meus mais terríveis sentimentos.
E é isso que aconselho: Reconheçam seus sentimentos, descubram como eles chegaram a vocês e depois ordenem que eles saiam para qualquer lugar bem longe!
Isso de amar e ser amada não pode ir longe demais... Sinto em lhes dizer! Que tal voltar a amar nossa própria vida e resgatar energias (ainda que quimicamente)  para nos empenharmos mais?
Ando meio fora do rumo. Tenho um concurso domingo e não topei no livro para ele, que tem matérias bem específicas. Condeno-me por isso, mas fazer o quê? Meu coração decidiu que tinha coisas mais urgentes a tratar nesse momento! Agora estou tentando acalma-lo e explicar que preciso que a cabeça tome a frente por uns tempos e que isso será melhor para todos nós! É um exercício! O coração deve ser ariano, de tão controlador! Mas a mente é muito mais sábia, por isso sei que irá convencê-lo...
Conviver é tão difícil! É quase sempre muito pior do que estar só. E no fundo a gente sabe disso! Não se iludam com uma aparência superficial de entendimento e felicidade. As pessoas mais felizes que já conheci, por incrível que pareça, normalmente eram pessoas sozinhas! Calma, não estou pregando uma vida de isolamento, por Alá!
Mas, se nossos pais e filhos, que tanto nos amam, são capazes de nos ferir intensamente, muitas vezes até sem perceber, por que raios achamos que encontrar um bom parceiro (ou uma boa parceira) é nosso passaporte para a felicidade?
A gente precisa se cuidar, gente! Sempre e sempre! Numa constante vigilância, afinal,adoecendo nossas almas, só afastamos alguém com todos os predicados que desejamos atrair, não é mesmo? E enquanto pensava nisso tudo, chega mais uma pérola das redes sociais (dessa vez não é frase minha, mas bem poderia ser!):
 
Buscar um relacionamento quando se está num alto nível de carência é como ir ao supermercado com fome, qualquer porcaria serve!
 
Podem dizer que fiquei metida, mas não desejo menos do que o melhor dessa vida para mim!

domingo, 6 de novembro de 2011

Sobre Diogo Nogueira e eu

Então...Hoje é o tal do domingo de parar e sentir. Que tal? O show de Diogo Nogueira foi...
Bem, foi um show de Diogo Nogueira em Aracaju com as pessoas de Aracaju. Pessoas que não chegam inteiras num lugar e parecem normalmente não estarem muito dispostas a desfrutar plenamente os prazeres de um bom programa. Fica esse clima meio travado no ar e eu, já meio sensibilizada, começo a sentir um profundo desejo de estar mergulhada embaixo dos meus cobertores.
Fui com um vestidinho xadrez vermelho e branco, meio estilo pin-up, e tive um momento de revelação: Não sou uma piriguete! Morri de frio! Como eu deveria ter levado um casaco!
A primeira saída é sempre uma coisa assim esquisita. Fiquei argumentando horas com Camila os motivos de estar ali sozinha com ela. Muito mais para me convencer do que para informá-la. Preciso repetir isso bem alto para mim e sinto que isso ainda vai acontecer algumas dúzias de vezes. Pobre Camila!
A igreja católica me ensinou que nós, pecadores, passamos pelo purgatório antes de chegar ao paraíso. Então é isso! Teve um momento que desisti de estar ao lado da plateia, sentei numa cadeira, fechei os olhos e   me concentrei exclusivamente na voz do Diogo Nogueira que, pelo amor de Deus, é uma coisa de outro mundo de tão linda! Saí com vontade de comprar todos os seus cds e introduzir uma nova paixão em minha vida. Acho que a missão agora é essa. Encontrar novos interesses, novas coisas para onde possa transferir minha paixão.
O casamento do meu primo? Não fiquei nem até o final da cerimônia. Estava tudo muito lindo, a cerimônia era algo hollywoodiano, os noivos super felizes e eu também muito feliz por eles, mas simplesmente insuportável ter que mentir a cada segundo sobre o motivo de estar ali sozinha.
Pensei estar preparada para este domingo, mas assumi que não e que, por isso, preciso de mais umas horas sozinha.
E que chegue logo a segunda-feira, quando tudo parece bem mais normal!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sexta-feira de uma nova vida

Ontem foi dia de colocar o rabinho entre as pernas e pedir asilo definitivo a quem nunca me negou: Meus pais, é claro! Não que eu precise pedir nada. Aliás, com eles não preciso nem dar explicações! É só chegar e pronto! Não é uma benção ter pais assim? O problema é que eles não são perfeitos, apesar dessa linda qualidade... Além do mais, convenhamos, depois de uma certa idade, casa dos pais deve ser só para visitas calorosas. Certo? A não ser que você seja (como dizer?) absolutamente incapaz de praticar os atos da vida civil.
Mas, por enquanto, prefiro acreditar que estou sendo útil com minha sensata e festiva presença por aqui. E sabem do que mais? A barra está tão pesada que me sinto até muito bem pelo meu maior problema ser me livrar de situações incômodas e desconfortáveis com uma simples manifestação de vontade: NÃO QUERO MAIS! Isso sim é um problema simples de resolver!
Fiquei na dúvida entre estudar um pouco e me deprimir dentro de casa ou estudar um pouco, fazer unhas, depilação, cabelo e ir do casamento do meu primo (bebericar champagne 0800) direto para o show do Diogo Nogueira, que, por sua vez, será no paradisíaco Bar Paraty, em frente ao maravilhoso e tranquilizante mar sergipano.
Quem é louco de escolher sofrer? Deixo isso para o domingo, mas estarei tão exausta que...
Para quem não conhece, este é o Paraty.
Não aconselho ninguém a sair por aí emendando um programa no outro. Faço isso porque é um momento raro no meu dia à dia de muitas responsabilidades, mas entendo que a gente não pode fingir que a dor não existe. Acontece que esse final-de-semana eu vou levá-la para passear! A começar pela noite de hoje, com o novo filme do Almodovar! E como diz meu querido Zeca Baleiro: Tire o seu piercing do caminho que eu quero passar. Quero passar com a minha dor!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A verdade por trás das boas lembranças

Olha! Hoje está punk, viu? Difícil controlar a irritação, a impaciência, a frustração. Ainda por cima encontrei com um desafeto que está visivelmente muito mais magro!
Isso mata qualquer mulher em namoro recente com a Herbalife! Acho bom esse troço funcionar mesmo, nem que seja porque me levou a grana de um mês inteiro de Fast Food, almoços e jantares fora de casa!
Tem dias que são mais difíceis, então vem a tentação de mergulhar de braços abertos no conforto do nosso passado recente, mas aí é só fazer um rápido exercício de memória para perceber que lá também não havia facilidades. É muito bom se confortar em boas lembranças, pois nós as pintamos das cores que escolhemos. Difícil é aceitar que ao excluir nossas imagens fantasiosas, sobra uma realidade para onde definitivamente não queremos ir!
Essa raiva toda que estou sentindo? Corri para uma amiga cúmplice e tão pancadinha da cabeça quanto eu! Sabia que juntas poderíamos rir das nossas mazelas. Não vou dizer que estou leve como uma pluma... Provavelmente vou recorrer à paz medicinal, mas, enfim, amanhã eu invento uma maneira de estar mais feliz!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mais sobre queimar os navios

Um dia desses estava conversando com uma amiga que mora muito longe dos meus olhos, mas sempre dentro dos meus pensamentos. Ela estava impressionada, se identificando com todas as sitações que relato. A questão, meu povo, é que os problemas se repetem mesmo, assim como as estúpidas desculpas que arrumamos para permanecer com eles.
Só posso dizer uma coisa, não subestimando a inteligência de vocês: Queime mesmo os navios! Isso só vai funcionar quando vocês internalizarem que não tem outra opção, a não ser seguir em frente. O novo caminho nunca é um mar de rosas, às vezes temos sapos enormes para engolir, mas garanto que é melhor aprender a arte de ignorar petelhagens do que viver subjugada a uma situação cretina. Falem sério! Nem um caminho espinhoso é pior que um inferno ardendo em nosso corpo 24 horas por dia. 
Precisamos seguir firmes tratando com carinho da nossa saúde física e mental. Não se boicotem! Tomem seus remédios, se forem prescrição médica! Acreditem que vocês são pessoas lindas, ainda que um godzila habite seu corpo atualmente. Godzila é um bicho selvagem, não vai se adaptar à nossa vida urbana por muito tempo.  
Use uma cinta! Experimente! Até quem é magro devia usar uma de vez em quando para experimentar o prazer de uma lipoaspiração temporária. As roupas vão cair mesmo melhor! Todo mundo está comentando aqui no trabalho: "Nossa, você ficou ótima com essa roupa!" Eu agradeço toda cheia! kkkkkkkkkkkkk Isso é um segredo só nosso!
Tomem chás, água ou qualquer coisa que distancie da auto-destruição comum em quem está com a auto-estima abalada.
É difícil aceitar que fizemos uma escolha errada. É difícil aceitar que investimos anos e anos num projeto e no fim nada do que planejamos vingou, mas muito mais difícil é ficar se auto-punindo por essa escolha errada o resto da vida! A vida é uma só, gente! Erramos, perdão! Erramos e queremos acertar agora! Desfaçam o bordado e comecem tudo de novo!
O que está diferente em minha cabecinha é que hoje sei que bananeira só dá bananas. Como vou plantar uma bananeira esperando colher maça ou morango?
 Bananeira só dá bananas!
Às vezes só o que a gente precisa é começar a se produzir até para ir comprar pão na esquina. Precisa voltar a despertar o interesse allheio. Não para sair atrás de relacionamentos, mas, ao contrário, para perceber que tem condição de esnobar qualquer um deles! É para vocês se lembrarem que só ficam sozinhos se vocês quiserem e têm o direito de querer ficar!
Precisamos ser mais tolerantes com nossos limites, respeitar nossas aversões, por exemplo. Meu ex-marido era bulímico. Quando nos separamos e alguem ia ao banheiro após uma refeição comigo eu tinha espasmos. Era horrível ver aquela cena. Eu chegava a sentir cheiro de vômito, mesmo que a pessoa tenha ido fazer xixi! Com o passar dos anos isso se foi, como a maioria das lembranças ruins. A gente consegue apagar da memória coisas muito traumáticas! Podem confiar! Já apaguei um monte dessa minha cabecinha loirinha linda!
Então, para quem ficou boiando com o papo da queima dos navios, segue a lenda:
 
Contam que Pizarro, o conquistador espanhol, pouco depois de desembarcar na América do Sul com os seus homens, mandou queimar os navios que os tinham levado até lá.
Estranha atitude, que poucos se teriam atrevido a tomar, pois havia um oceano a atravessar para regressarem a casa. Mas a verdade é que também não foram muitos aqueles que deixaram o seu nome na História por terem realizado feitos notáveis...
Conhecia a extrema dificuldade da tarefa que perseguiam. Sabia que viriam perigos incontáveis, terrores, mortes, doenças. Temia o desconhecido, que se afigurava pavoroso. Conhecia os seus homens e conhecia-se a si mesmo.
Receava que - depois de uma derrota, perante o desânimo provocado por algum obstáculo aparentemente intransponível - pensassem apenas na forma mais rápida de chegar de novo à costa, entrar nos barcos e regressar a casa.
Mas não admitia outra coisa senão cumprir o objetivo. Cortou a retirada. E os navios arderam. O único caminho, a partir de então, era em frente e até ao fim. E conseguiu.



Boa Sorte a todos!