quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dayse do Tamar, do Lariô e da Capoeira

Dayse e eu numa gruta da Chapada Diamantina

De vez em quando me dou conta de que a vida nos oferece um leque infinito de opções. Podemos escolher infinitas maneiras de vivê-la, mas acabamos nos limitando a parâmetros culturais, familiares, sociais.
E se eu acordar amanhã querendo viver uma vida completamente diferente? E se eu quiser que tudo seja muito mais simples e leve?
E se eu quiser fugir para São Jorge- GO, Vale do Capão- BA ou Morro de São Paulo- Paraíso?
E se eu quiser colocar o pé na estrada para fazer basicamente o que tenho feito?
Quantos de nós hoje só trabalha por casa, roupa e comida?
E por que não fazer isso de uma maneira mais modesta numa cidadela qualquer pelo interiorzão desse Brasil? Isso não proporcionaria muito mais qualidade de vida?
Minha amiga Dayse é alguém que admiro imensamente por isso. Ela sabe viver assim. É dona de sua vida e do seu destino. Vive com tranqulidade, amamentando um bebê gigante, participando ativamente da educação dos seus filhos, dedicando muito amor a eles ao seu fiel marido e escudeiro GGK.
Ela também passou pelo que estou passando, num sofrimento que se arrastou por alguns poucos, mas terríveis anos.
Ela conseguiu sair do ninho de cobra e se reinventar, resgatando sua essência.
Tudo bem que algo quase inesperado aconteceu, dando a ela uma outra oportunidade. Mas isso não aconteceu por acaso. Aconteceu porque Deus sabia quem era Dona Dêse. Sabia que ela merecia ter sua vida de volta. E ela não deixou que essa oportunidade escapasse.
Amiga, Dayse, preciso viver sem celular, sem televisão, numa casa de palha em cima de uma duna ou no meio de uma floresta.
Como pode existir alguém assim tão perto de mim e ao mesmo tempo tão distante da minha realidade?
A resposta é muito, muito simples. Eu sempre quis e ainda quero ser tão livre e simples quanto você.
Me arruma um pouco de coragem?