segunda-feira, 25 de junho de 2012

Junho no Nordeste, Que Desafio!

Um mundo de coisas para fazer e o espírito de férias batendo novamente! Morar no Nordeste do Brasil tem dessas coisas! Meus amigos de outras regiões entram no clima do natal e olhe lá... Aqui não! Depois do natal e do reveillon, tem o auge do verão, quando a cidade está cheia de turistas, incluindo amigos de infância que foram morar longe e que vêm passar férias. Depois tem carnaval e a semana santa, que são sempre um convite para uma praia paradisíaca a poucas horas da nossa casa... E quase que sem lapso temporal chega o período junino. Tudo bem! Sou da geração anos 90, que ia para o interior de Sergipe, na cidade de Areia Branca e era fã de Mastruz com Leite, 5 horas de forró. Esse tempo já passou e o hoje superlotado Forró Caju, embora bonito e cheio de ótimas atrações nacionais, não faz a minha cabeça. Não sei as letras das músicas da banda Aviões do Forró, embora reconheça que eles são divertidos, e muito menos conheço os tais sertanejos universitários que nos invadiram. (Meu Deus, que nível é esse dos nossos universitários? Que saudades de quando eles se reuniam para produzir aquele rock incrível dos anos 80!) Então, quando tento socializar nesse período acabo virando uma sereia fora d água! Mas os céus da cidade estão forrados de bandeirinhas coloridas e imagens de Santo Antônio, São João e São Pedro. Meus amigos fazendo fogueira para os filhos soltarem fogos... Detesto fogos e meus filhos são alérgicos a fumaça, correndo desses rituais. O pior é que não se faz outra coisa nesse período, por mais que você tente. A não ser que você reúna amigos em sua casa, compre vinhos, queijos e ponha uma bela seleção musical no seu home theather. Confesso que usei desse artifício na última sexta-feira, mas uma vitória dessas não dura mais que uma noite, pois até o mais anti São João inventa uma desculpa para participar de algum “arrasta pé”. Uns dizem que é por causa das comidas típicas, outros pela oportunidade de reunir a família ou beber com os amigos... Quando você menos espera está envolvida numa festa, bem longe da sua rotina que, no meu caso, envolve muitos e muitos livros e cadernos. Quanto tempo duram os festejos juninos por aqui? A dica está no nome: O mês de junho inteiroooooooooooo! Hoje, segunda-feira, já fui convidada para ir ao Mercado Central assistir um grande amigo que vai fazer o show de abertura da noite. Como me concentrar em qualquer outra coisa se da minha casa ouço toda a movimentação, sinto o cheiro de fumaça das fogueiras e ouço o estourar de fogos de artifício a cada dois segundos? Ainda assim estou resistindo bravamente, nem um passo de forró foi expressado pelo meu corpo bailarino, mas não sei se resistirei até o dia 30. O Nordeste deveria ser só para turistas, aposentados ou milionários!

domingo, 24 de junho de 2012

Combinado

Então fica combinado que nós não tocamos mais em assuntos que não levam a lugar algum. Combinamos de pensar no futuro e na felicidade do que está por vir, ou mesmo do presente que se costura a cada manhã. Fica combinado que o cabelo estará impecável e que eu nunca mais uso o shampoo fubeca dos outros, já que meus cabelos são sensíveis a porcaria. Não posso ainda combinar de não ficar triste pela ausência dos meus pais em lugares que antes estive única e exclusivamente por causa deles, mas, Deus, se der para combinar alguma coisa nesse sentindo, quero combinar deles terem uma segunda chance de ser feliz, pois ninguém consegue ser feliz quando todos que amamos não estão também. Tá certo assim?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quando eu te encontrar...

Eu já sei o que meus olhos vão querer quando eu te encontrar.Impedidos tanto tempo de te ver, vão querer chorar...Um riso incontido,perdido em algum lugar.Felicidade que transborda, parece não querer parar.Não quer parar.Não vai parar!!! Eu já sei o que meus lábios vão querer quando eu te encontrar, molhados de prazer vão querer beijar. E o que na vida não se cansa de se apresentar, por ser lugar comum, deixamos de extravasar, de demonstrar... Nunca me disseram o que devo fazer quando a saudade acorda a beleza que faz sofrer. Nunca me disseram como devo proceder. Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer! É isso que quero dizer!!! Eu já sei o que meus braços vão querer quando eu te encontrar. Na forma de um "C" vão te abraçar. Um abraço apertado pra você não escapar. Se você foge me faz crer Que o mundo pode acabar, vai acabar... Chorar, beijar, te abraçar...

sábado, 9 de junho de 2012

A Musa da Borracharia

Um lugar inusitado, feio, mas absolutamente charmoso e cheio de personalidade. Nada de glamour ou drinks à base de absolut ou champagne. No máximo uma cerveja e uma caipirinha ou, para os menos guerreiros, como eu, coca-cola e água mineral. Acostumada com a noite aracajuana, onde mulheres se estapeiam por algum barrigudo careca, estava cercada por beldades dos mais diferentes estilos: Do “rasta” de olhos verdes ao playboy com narizinho arrebitado, moldando um rosto perfeito, surpreendentemente charmoso e gentil. Uma passarela incomum, onde, num universo de dez, seis eram lindos, dois normais, que facilmente se passariam por lindos na minha terra, e dois eram feios de verdade, ainda que cheios de boas intenções e de alegria de viver. Lá estava a heroína de todos vocês, elegantemente vestida para ser vista e maquiada para brilhar... Nos pés um salto alto, mas aparentemente não tão cheia de desejo assim... Paquerar? Como assim? A última vez que nossa protagonista foi numa balada com esse real interesse fora há mais ou menos 13, 14 anos, na época que o Red Hot Chilli Pepers e O Rappa estouravam seus hoje clássicos sucessos. Duas noites seguidas nesse ambiente incrível... A primeira, mostrando bem o amadorismo da criatura, terminou numa gigante crise de enxaqueca, daquelas que fazem a gente não conseguir falar, ver luz ou ficar de pé... Agora a segunda noite... Aí sim a revanche estava pronta! Como estar num lugar tão diferente e não aproveitar por causa de uma meleca de uma dor de cabeça acompanhada por ânsias de vômito? Nada como um dia após o outro! A noite de sábado seria PERFEITA! E lá estava aquela musa loira, alta, gata, super gata e magistralmente promovida a “Rainha de Todos os Ogros da Balada”. Lógico que no dia que ela estava sem se agüentar sobre as pernas chegaram pretendentes de todos os tipos, dos mais gatos aos mais sem noção, mas no dia da revanche, graças à maldita Lei de Murphy, iniciou-se um ritual de galanteios digno de “A Volta dos Mortos Vivos”, com a pequena adaptação de que era a linda loirinha que queria arrancar o cérebro daquele bando de zumbis. Se vocês pararem para pensar, ela estava numa baita vantagem, pois conseguiu ser unanimidade entre os 20% quase desdentados da boate, quando os 80% de atraentes tinham que disputar por uma centena de mulheres, indecisos e sofridos. Os monstros iam se multiplicando e fazendo fila para cortejá-la. Tinha o Compadre Washington, o Cônsul Africano, o Cowboy do Toy Story e até o mutante Homem Mosca... Eram tantos personagens que seria impossível descrever cada um. Desesperada com o que já tinha se transformado em outro filme, “A Hora do Pesadelo”, pediu alforria e correu para a porta, desesperada por um taxi voador, que a tele transportasse em meio segundo para seu silencioso quarto e, ainda na porta, recebeu seu tiro de misericórdia, com a singela abordagem de ninguém menos que o porteiro: “Já vai princesa? Não vá não! Vai me deixar aqui sozinho?” Conselho para minhas amigas leitoras: Cuidado com o que vocês desejam e sejam bastante específicas. Não basta querer arrasar na noite. Fica a dica!!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Bahia e o Mundo- Ter 20 anos depois dos 30 é muito melhor!‏

Sabem aquela lista das coisas que temos que fazer antes de morrer? Aposto que muita gente já pensou em se aventurar numa cidade estranha, hospedada num albergue de quartos coletivos (mas banheiros privativos, pelo menos) e gente das mais variadas nacionalidades. A maioria vivencia essa aventura logo ao sair da adolescência, na maravilhosa casa dos vinte e poucos anos. E faz isso porque faz parte da juventude não ter grana para pagar um hotel decente, então se acomoda como pode, pelo prazer de viajar... Agora imaginem duas mães de família, bem pra lá da casa dos 30, com saldo na conta suficiente para rolar em camas espaçosas de quartos individuais, cobertas por lençóis de fios egípcios, em alguma rede “classe média” de hotéis, felizes da vida em dividir um quarto de 3 beliches com quatro novinhas e totalmente estranhas estudantes de medicina da Universidade Federal de Alagoas. O que moveria essa versão cabocla de Thelma e Louise? Muito simples: Um desejo imenso de abraçar o mundo com as mãos! Como o tempo e a grana não davam para 6 meses de mochilão pela Europa, optamos por dois dias intensos num Che Lagarto Hostel aqui no Brasil mesmo, Salvador, Bahia. A localização de cair o queixo: Uma mansão antiga numa esquina, de frente para o mar, entre o Cristo (Sim, Salvador também tem Cristo) e o badalado barzinho Caranguejo de Sergipe. A casa é toda cercada de varandas, no térreo e no andar superior, cujo terraço é um dos melhores points que já freqüentei na terra de todos os santos. Deques de madeira, mesinhas charmosas, espreguiçadeiras... Logo percebemos que se ficássemos apenas no hostel, sem sair para lugar algum, ainda teríamos tudo de melhor que pudéssemos desejar... Visual alucinante! Drinks servidos por garçons e garçonetes de vários países da América do Sul, conversando naquele “portunhol” super gingado pela convivência baiana... Alessandra e eu tratamos de fazer aquilo que fazemos de melhor: Cuidar do nosso jardim para permitir que os beija-flores e borboletas se aproximassem. Posicionamos uma mesa do terraço na melhor localização possível, munidas das mais geladas cervejas, caixas de som e uma seleção musical cheia de charme. Não demorou para termos uma mesa cercada de gente interessante de todas as partes do Brasil e do mundo. Objetivo “conhecer pessoas” atingido em pouquíssimas horas de hospedagem. Infelizmente confirmamos nossa visão preconceituosa dos americanos, que chegam aqui achando que estão num mundo “anos 80”, quando o Brasil era chamado de “país de terceiro mundo”. O que não nos impediu de relevar, piedosas com tanta ignorância , já que, afinal de contas, todos têm um lado bom. Por outro lado, tivemos a grata surpresa de conhecer chilenos mega simpáticos, continuar adorando todos os paulistanos e baianos do planeta e, particularmente, cairmos de amores pela doçura e simpatia dos ingleses. Percebemos que há um equilíbrio entre casais e gente solteira nesses lugares, algo que estranhamos pra caramba, pois, enquanto mulheres comprometidas, jamais pensamos em viver uma experiência dessas! Mas aprendemos que para as próximas relações, há esta excelente maneira de sair da rotina, num perfeito equilíbrio da socialização nas áreas comuns e a privacidade de um quarto duplo (desde que reservado com bastante antecedência). Creiam que conhecemos até um casal paulistano que tinha casado naquele mesmo dia e voado para a lua-de-mel. Ela super elétrica, trabalhadora estressada de uma daquelas empresas da Avenida Paulista e ele artesão, vendedor de incensos. Ela adora calor e ele adora frio... (E aí vale à pena um parêntese: Ou eles se complementam pra caramba ou esse casamento tem prazo curtíssimo de validade. Vá saber?) Poderia escrever por horas sobre cada pequeno detalhe da nossa incrível experiência, só que vou preferir guardar no baú das minhas mais doces lembranças... Quanto à lista de coisas que tenho que fazer antes de morrer, risquei a aventura num hostel, transferindo para a lista de coisas que vou fazer sempre!