quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Minha relação com a música e com os músicos sempre foi intensa, visceral. Lembro de ainda com 3 ou 4 anos rodopiar alegremente imitando as danças de Clara Nunes. As músicas me embalavam, o jeito despojado de dançar me hipnotizava.
Com Elis Regina foi um pouco diferente. Ela era minha amiga mais séria, profunda. Também não chegava nem perto dos 10 anos de idade, mas ficava super feliz quando ela me homenageava cantando "Águas de Março", que evidentemente era uma referência ao meu aniversário, e chorava de compaixão ao senti-la interpretando magistralmente a música "Atrás da Porta".
Caí de amores por Sidney Magal, aquele homem imenso, com pose de machão e roupas que de alguma maneira desafiavam qualquer estereótipo.
Não conseguia desgrudar os olhos dos clipes de Boy George, com aquele rosto todo maquiado como o de uma mulher e suas melodias que grudavam como chiclete em minha mente.
Amei e idolatrei com todas as minhas forças Madonna e Michael Jackson, além de ter uma paixão secreta por Julio Iglesias, que fingia ouvir obrigada pela minha mãe.
Pela minha adolescência passaram muitos grandes gênios, muita música descartável, encantamento por música clássica e óbvia devoção a Renato Russo. Mas tinha o louco do Cazuza que era lindo (A cara do Lauro Corona) e fazia e dizia coisas de um jeito jamais visto até então. Sempre tive uma identificação e um carinho danado por esse menino mimado cheio de enfeites, brochinhos e queixas, queixas, queixas, queixas...
Claro que sempre teve um pouco de Cazuza em mim, mas hoje, pesquisando suas citações do google, ficou "cientificamente" comprovado:



"Sou ariano. E ariano não pede licença, entra, arromba a porta. Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho."
(Cazuza)



Eu em meus pequenos momentos de plenitude
Eu também, amigo! Eu também!

2 comentários:

  1. Puxa,nao sou ariano mas senti essa do Cazuza bem fundo em mim. Tipo penetracao sem dó! Muito louco rever nossa vida através da música que escutamos e dancamos. Caralho lembrei que já ouvi Celine Dion, vou parar esse revival. Um dia estarei mais maduro para lembrar que minha vida já foi estranhamente intensa quando dancava 6 horas de forró ao som do Mastruz com Leite. Por enquanto nao tenho suporte psicológico. Arrasou no post! Temos muito a falar... beijo grande
    roga

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  2. Te achei e te seguindo! hehehehe saudades bjks

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