terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ninguém tem obrigação de ser básica!

Minha família com certeza sabe de tudo isso, mas muitos não conhecem meu passado...
A bolsinha também é dela!
Sempre tive um pé na realidade e outro no mundo da fantasia (literalmente). Até hoje fantasias brilhantes e chamativas enchem os meus olhos e me fazem pensar o quanto seria maravilhoso podermos sair por aí vestidos do jeito que quisessemos...
Quando era bem pequena, pedi a minha mãe para me fazer uma fantasia de mulher maravilha. Vira e mexe eu inventava que a escola tinha determinado que todo mundo fosse fantasiado numa determinada data. Minha mãe caia na minha conversa e lá chegava eu, toda linda e única fantasiada de todos os alunos.
Adoro viajar em figurinos de filmes de época, figurinos impactantes de espetáculos de dança, especialmente os confeccionados por uma estilista brilhante chamada Erta Maria...
Sempre me imagino andando nas ruas com algum deles. Mas só faria isso se vivêssemos numa sociedade livre. Imaginem se ninguém nos olhasse com estranheza quando passeássemos leves e soltas num modelito a la Maria Antonieta?
E passear com pernas de pau para apreciar a cidade por outro ângulo? Pintar o rosto de Patatá para levar o filho de 2 aninhos ao shopping?
Adoro botas de cano longo e detesto ter que coerentemente morar num lugar frio para usa-las!
Amo maquiagem teatral e graças a deus isso está ficando cada vez mais comum, mas penei no início dos anos 90, quando a moda era ser super natural!
Sábado minhas primas me presentearam com um convite para assistir "Os Melhores do Mundo" no Teatro Tobias Barreto. Foi minha primeira vez. Para ser franca não consegui rir de absolutamente nada! Achei tudo tão Zorra Total, tão óbvio, tão forçado...
Mas uma coisa me fez muito bem: Tinha uma moça na platéia que foi vestida de She-Ha. Minhas primas me cutucaram para mostrar. Ela lá com a maior carinha de que nada demais estava acontecendo. Amei a liberdade dessa figura! Minhas primas ficaram tentando adivinhar o motivo dela estar assim. Logo concluíram que ela devia ser parte da peça. Minha conclusão foi bem diferente:
NINGUÉM TEM OBRIGAÇÃO DE SER BÁSICA!

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