domingo, 17 de agosto de 2014

Complexo de Mediocridade e Recentes Descobertas

Não consigo adiar mais um dia sequer! As palavras querem ser formuladas e não me pertencem.
Quisera eu estar espiritualmente alimentada e crer que alguma alma mais evoluída faz de mim seu instrumento.
Ando com um complexo de mediocridade beirando à autocomiseração.
Olhando meus braços agora contra a luz do sol percebi que minha pele brilha. Isso já faz de mim alguém incomum?
Há pontinhos vermelhos espalhados por todo o meu corpo. Algo que me faz perceber que não me olho com a devida atenção há muito, muito tempo.
Por que desperdiçamos dias, meses ou mesmo anos das nossas vidas funcionando no modo automático?
Talvez eu realmente nunca tenha notado que meus braços brilham e são estampados por centenas de sinais que me transformam no espaço sideral em forma de gente. Isso não pode ser ordinário!
Posso cheirar esses membros superiores e ser tomada por um delicioso aroma que mistura mil fragrâncias entre espumas de banho, óleos, hidratantes e perfumes. Tudo ao mesmo tempo porque no infinito da minha pele mais é mais.
E silêncio. Esses dias comentei com uma grande amiga meu desejo de aprender a meditar. Não fazia a menor ideia de por onde começar. Ela me sugeriu pesquisas pela internet até encontrar o método que mais me identifique. Achei aquilo de um senso prático deveras destoante da experiência transcendental que desejava ter. Não que ela estivesse errada. Carina é uma das pessoas mais certas que conheço! Mas hoje, depois de ver, sentir e cheirar meu próprio infinito, compreendi por onde minha busca deveria começar.

Um comentário:

  1. Dea, ja tem um tempo que nao leio seus textos, mas o titulo deste me levou ao mesmo. Na verdade, pareceu que ele apareceu no momento em que eu precisava, como essas coisas da vida que nao somos capazes de explicar (e pra que, ne? deixa quieto). Estou cansada!!! Quero gritar, sair correndo e deixar tudo para traz...mas...entao li seu texto. Podemos e precisamos ouvir dos outros e claro negociar os caminhos, mas no final, a decisao e nossa. Apesar da distancia e poucas palavras ou comunicacao...sinto saudades tua. Um abraco forte.

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