sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Preciso dizer que te amo (e que voltei)

A gente tem uma mania esquisita de ler algumas frases de efeito e adotá-las como grandes verdades.
Talvez a única frase de efeito 100% confiável: Não existem grandes verdades!
Quando se trata de relações interpessoais então...Esqueça qualquer fórmula que indique certo e errado. Esqueça todos os conselhos de revistas, livros ou sites!
As pessoas não se afastam porque não se interessam por você. Existem um zilhão de circunstâncias que podem gerar esse afastamento e elas não têm necessariamente relação com afeto.
Existem pessoas que me são tão caras, tão caras, mas não estão no meu convívio há muito tempo.
Meu primo Beto; minhas amigas de Frei Paulo, Mônica e Brevelice; meu amigo Beto Kolb (sim, tenho muitos Beto amores); Andressa Spoladore; Jamones; Pablo; Karl; Tají; Ludwig, Max e Laurinho; Isa Mutti; Fátima (Fati Girl); Renata Abreu; Anderson (Topos); Sasha, Marina e Vanessa Caskey; Nailah; Albérico; minha prima Ivana, meus ex-técnicos Felipe e Marcio Porto; Fabinho, que não sei nem o sobrenome, mas foi um grande amigo na época do Colégio Dinâmico (acho que o único que sabia a diferença entre o mito e o poço de inseguranças real); Juliano Facury, Fábio Feio (que nunca foi feio) e Nicole; Lu, Karlinha, Cris, Adri; seu João Carlos (um senhor idoso que morava em frente ao Rio Poxim, alí quase ao lado do corno velho, sem qualquer criança em casa, apenas ele e a esposa, mas eu sempre pedia aos meus pais para ir passar os finais-de-semana com ele); Vich; Midiã e Gladston, e nossas mil brincadeiras enquanto nossos pais se reuniam...
Minha memória pode não mostrar todos os nomes agora, mas são pessoas que fazem parte da minha história, sem as quais eu não teria tantas lembranças felizes.
O que dizer de Alessandra, Katiane e Lea? Será que há 25 anos imaginaríamos um dia sequer que não estivéssemos grudadas?
Mas esses pouco mais de 20 anos se passaram (Sim, Lea, eu que tanto critiquei você denunciando nossas idades, estou aqui documentando e publicando) e essas pessoas nunca, jamais, nem por um instante, foram menos em meu coração.
Tive a felicidade de reunir essas "meninas" há alguns dias.
Você pode estar se perguntando: Mas como é que passou mais de 20 anos sem encontrar com alguém e de repente liga e marca um almoço?
A fórmula é fácil: Você descobre o telefone da pessoa, liga e marca um almoço.
Ah! E tenha certeza que vai haver alguma resistência. Agendas difíceis de conciliar. Não se dê por vencido! Insista e marque de qualquer jeito!!!
E não marque para o mês que vem ou para o próximo semestre. Marque para daqui a dois dias. Marque para amanhã. Quantos dias de vida nos restam?
Nesse encontro pude quebrar esse preconceito de que a gente se afasta de quem não é mais importante em nossa vida. A gente não tem tanto controle assim das circunstâncias!
E foi lindo! Nós entramos numa máquina do tempo e conversamos como se tivéssemos 16 anos de idade. E rimos de nós mesmas. E celebramos todas as desgraças que nos acometeram nos anos que estivemos separadas, com as quais, concluímos, nos transformamos em pessoas mais fortes e mais interessantes.
E nunca vou cansar de brindar ao amor fraterno!
Há muito tempo não escrevia aqui, afinal, em tempos de redes sociais e caracteres limitados, quem para pra ler textos mais longos?
Aí Lea me ligou e me disse que no decorrer desses anos sempre lia e lembrava das nossas trocas de bilhetinhos e agendas durante as aulas.
E disse que leu uma postagem minha sobre Cazuza. E é claro que foi Lea quem despertou meus olhos e meus ouvidos para ele. Então é claro que naquele momento escrevi pensando nela.
E de alguam forma estávamos nos comunicando.
E é por isso que estou de volta.
E preciso dizer que te amo, Lea Maria. E amo demais cada uma dessas pessoas que mencionei.

Um comentário:

  1. Adorei! Leitura gostosa, concisa, transparente e ainda assim prolixamente repleta de amor! <3

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