domingo, 5 de maio de 2013

Amores e Frases Feitas

Há basicamente três tipos de mulher que conheço bem: As com pós doutorado em contos de fadas (categoria onde humildemente me encaixo), as que desenvolvem uma vida independente, abstraindo/sublimando a energia sexual das suas vidas e aquelas que têm um forte discurso sobre o quanto a mulher pode se bastar, o quanto é ótimo ser solteira, o quanto homens (desculpem, amigas lésbicas, estou partindo das minhas referências) não fazem a menor falta em suas vidas, etc, etc. Nos três perfis existem várias gradações: Mais uma vez vou me usar como exemplo (muito mais para não expor terceiros do que por egocentrismo): Acredito no amor entre homem e mulher. Acredito mesmo. Putz! Eu sei que a maioria dos casamentos é muito ruim. Acompanhei dois bem de perto e pedi pra sair da brincadeira. Então não sou aquela Cinderela desesperada pelo primeiro príncipe que, ao invés de comprar um presente lindo, cumpre seu dever cívico de devolver o sapato à verdadeira dona. Também não me encanto com cantadas estilo "Dia Branco" do Geraldo Azevedo, quando o cara promete tudo, desde que tudo caia de bandeja no colo dele: O sol, se o sol sair, a chuva, se chuva cair... Acho que um pouco de esforço e iniciativa fazem a gente se sentir mais prestigiada e passa a impressão de que estamos numa relação importante de fato. Gosto de relevância, de protagonismo, de pequenos grandes gestos. E sempre, sempre, sempre, acontença o que acontecer, acredito que um dia viverei meu amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Cazuza enfiou isso na minha cabeça e virou ideia fixa mesmo! Só que me dei conta de uma coisa: Há muita contradiçlão nesses papéis. No fim das contas eu saio para me divertir com meus amigos e não olho para o lado. Curto o momento e a companhia de cada um deles. Sempre preocupada em trocar ideias, em conhecer pessoas e saber o que elas pensam e como sentem o mundo. Busco conexões, afinidades ou mesmo opostos, por pura diversão. Não ando com uma rede de pesca nas mãos. Na verdade não ando nem com lentes de contato ou óculos para facilitar minha vida de míope, que dirá procurando par perfeito em minhas andanças. Os amores da minha vida surgiram quase que do nada. E tudo aconteceu muito naturalmente. E ainda acredito na lei do menor esforço nas questões afetivas. Aproximações devem acontecer espontânea e livremente. Mas observo as feministas de carteirinha. Aquelas que não precisam de homem para nada e, pasmem: São as maiores pegadoras. Sempre de antenas ligadas no movimento dos "gatinhos". Colecionando aventuras supostamente não românticas, mas que na verdade parecem camurflar uma necessidade humana de amar e ser amado. Posso estar muito enganada, mas às vezes acho que elas estão muito mais "à procura" do que minhas colegas de sapato de cristal. A turma que sublima? Essas estão temporariamente fora da área de cobertura, mas, no fundo, no fundo, torcendo para chegar alguém arrebatando seus corações e provando que elas estavam muito erradas em desacreditar no amor. Pronto. Falei!

Um comentário:

  1. Assuntinho que dá "pano pras mangas"! Daria pra escrever um tratado! Só penso que existem mais tipos e subtipos, ligados à própria maneira de ser e meio ambiente das moçoilas, alguns inclusive meio fora de alcance dentro da nossa ótica burguesa ocidental. Mas isso já é outra história...

    ResponderExcluir