terça-feira, 7 de maio de 2013

Somos Tão Jovens, o filme que poderia ter sido.




Missão ingrata assistir um filme sobre Rentato Russo após ter assistido a montagem teatral com o ator Bruce Gomlevsky. Fui de coração aberto e até feliz porque reviver essa história é sempre algo emocionante. O problema é comparar.
Porque no quesito emoção, meu Deus! Aquele Bruno só podia receber o espírito do Renato quando as cortinas se abriam. A plateia não lacrimeja os olhos de emoção. A plateia inteira chorava em transe, compulsivamente, chorava de soluçar. Não só você e eu que somos pessoas extremamente sensíveis. Desafio alguém que tenha ido ao teatro vê-lo e não tenha chorando mais que bebê faminto.
O filme tem uma magia que o teatro não comporta, por questões óbvias. As locações nas quadras de Brasília. Adoro ver aqueles prédios que a gente só encontra alí. Tem a Aninha, que é a coisa mais fofa do mundo. E como já fui Aninha nessa vida! Tem Taguatinga com um glamour fora da realidade, mas Faroeste Caboclo merecia esse tom especial!
O irmão do Zezé de Camarco se esforça na atuação, mas não chega à entrega sobrehumana do Daniel de Oliveira em Cazuza,o tempo não para, por exemplo.
Não quero ser injusta! O filme tem muita coisa bacana, como a voz divertidíssima de um Herbert Viana garotão, mas...
Bem, vale à pena matar as saudedes do que passamos e de tudo que ainda não vimos. No mais, o filme seria ótimo, se não tivesse existido A PEÇA.



(Bruce Gomlevsky )

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