sábado, 3 de outubro de 2015

Se você conseguisse digerir o amor

Se você conseguisse digerir o amor, poderia convertê-lo em substâncias passíveis de absorção, inundando cada célula do seu corpo de uma energia incomparável, dando ao seu organismo um ânimo que seu sono quebrado (o sono dos que não se permitem)jamais conseguiu.

Ah! Se seu corpo aceitasse o amor!

Tantos novos sabores permeariam sua dieta cada vez mais restrita. Essas restrições que a gente se obriga, pela idade, por consciência, ou por total falta de juízo.

O amor não tem contra indicação. Ao contrário do que você pensa, ele não tem o menor potencial destrutivo.

É incapaz de causar dor. O amor não machuca, nossos mecanismos de defesa contra ele é que estragam tudo. Ele amortiza qualquer dor. Faz suaves os tombos mais fortes.

O amor é capaz de transformar angústia em serenidade, explosão em tolerância, ansiedade em paciência.

Paciência como substância absorvida na digestão do amor. Não se é fleumático por não se desesperar no amor. Ao contrário. Aquele que aceita e digere o amor potencializa sua capacidade de absorver sentimentos. Abre os braços e os recebe todos, um a um. Os bons e os ruins.

Compreende que todos acontecerão, muitas vezes ao mesmo tempo, mas como existe um amor digerido, um amor que se transformou nas mais variadas substâncias que saciaram sua alma...

Ah! Se você conseguisse digerir o amor...


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