quinta-feira, 12 de abril de 2012
Guerra é Guerra
Se você, assim como eu, aprendeu a se apaixonar pelos seriados americanos já deve ter assistido ou ao menos ouvido falar na série Roma. Ela foi produzida entre 2005 e 2007, mas confesso que só assisti no ano seguinte, quando ela já tinha saído do ar, por ter sido a série mais cara da televisão, com investimento de cem milhões de dólares. Ou seja, namorei, casei e fiquei viúva em poucos dias! Se tivessem me avisado que o problema era grana, teria bancado a terceira temporada!
A série se passa no ano 52 a.c., mas não poderia ser mais contemporânea. Aliás, a bem da verdade, tive a nítida impressão que nossa sociedade regrediu em salto quântico de lá para cá!
A vida dos legionários Tito Pulo (gato demais!) e Lúcio Voreno nos dão aulas de civilidade, da maneira mais inteligente de conviver socialmente.
Poderia citar milhares de coisas que aprendi com os dois, mas estragaria o prazer de vocês descobrirem com suas próprias experiências ao apreciar tão inesquecível produção.
Roma mostra anos e anos de guerra, batalhas, conquistas, mas principalmente os bastidores da política, cujas sacadas são bem aplicáveis ao nosso dia a dia. Testemunhamos as intrigas e os jogos que permeiam a vida em sociedade e aprendemos que desde que o mundo é mundo não há que se falar em inocência ou confiança plena.
Havemos de reconhecer que o ser humano é falho, então mesmo seu amor, seu filho, sua mãe ou seu melhor amigo podem te magoar, te decepcionar e te ferir, simplesmente por traçarem sua própria existência.
Quando a manhã começou, fui lentamente começando o ritual que faço antes de toda audiência importante: Depois de uma longa noite de sono, um despertar suave, música árabe para inspirar meus sentidos, a escolha da roupa, sapato e assessórios perfeitos e borrifadas do meu perfume preferido.
Imaginei que os rituais de guerra da era medieval deviam passar por momentos de concentração assim. Então lembre de Roma, ainda antes de Cristo...
Ou seja, Adão e Eva deviam caprichar no visual e no fortalecimento interior quando queriam discutir algo realmente relevante.
É por isso que me identifico tanto com aquela oração de São Jorge eternizada pela música:
“Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem.
Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem.
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam.
E mesmo em pensamento eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo meu corpo não alcançarão.
Facas e espadas se quebrem sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar,
Pois eu estou VESTIDO com as roupas e as armas de Jorge.”
E é isso: Bem vestida, pela descendência européia, bem maquiada pela descendência indígena e não tem pra mais ninguém na batalha de hoje! (Em azul a minha personagem preferida ao lado de Marco Antônio)
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